Introdução

Mãe de 3 filhos (Rodrigo, Philippe e Fernanda), avó (quatro netas: Eduarda, Mirela, Luna e Laura), Supervisora Educacional, Profª aposentada de Língua Portuguesa e Literatura Brasileira; Pedagoga e Pesquisadora, Graduada em Letras e Pedagogia e Pós-Graduada (Especialista em Língua Portuguesa e Iniciação Teológica); Mestre em Letras e Ciências Humanas. Trabalho muito, estudo bastante, adoro pesquisar, ler boas obras; folhear jornais e revistas, assistir telejornais; viajar, ir ao Shopping, utilizar a Internet. Crio algumas "quadrinhas", gosto de elaborar projetos que não sejam engavetados.

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Notícias

segunda-feira, 27 de dezembro de 2010

Você pode ser feliz sem ser perfeita


Autoras: Alice D. Domar e Alice Lesch Kelly

Você é do tipo que não relaxa se a cozinha estiver desarrumada? Acredita que seus defeitos a impedem de construir relacionamentos gratificantes? Ou que seria mais feliz se conseguisse emagrecer, se fosse mais presente na vida de seus filhos ou tomasse decisões mais sábias?
Definitivamente você não é perfeita. Mas sabe de uma coisa? Não precisa ser.
Neste livro, a psicóloga Alice D. Domar mostra que você tem o poder de se libertar da tirania da perfeição e começar a valorizar o que está dando certo na sua vida. Do contrário, acabará estressada e cada vez mais insatisfeita.
A autora elaborou um teste que irá ajudá-la a avaliar seu grau de perfeccionismo, identifi cando as áreas em que mais se cobra – corpo, casa, trabalho, relacionamentos, filhos e tomada de decisão – para aprender a lidar com suas limitações.
Repleto de exemplos reais, Você pode ser feliz sem ser perfeita apresenta soluções concretas e conselhos práticos para você se livrar das amarras que a impedem de levar uma vida mais realizada e agradável. Este livro também ensina a:
- Estabelecer metas realistas.
- Reduzir a culpa e a vergonha que o perfeccionismo pode desencadear.
- Administrar sua ansiedade com medidas fáceis de adotar no dia a dia.
- Livrar-se para sempre das expectativas irrealistas e nocivas que só geram sofrimento.
****
"Ler este livro é como ter um amigo íntimo que é psicólogo, nutricionista e treinador. É uma obra inteligente e humana." - PEPPER SCHWARTZ, PH.D.,professora da Universidade de Washington e autora de Tudo o que você sabe sobre o amor e sexo está errado.
Toda mulher quer ter uma casa limpa e organizada, ser boa esposa, ótima mãe e, ao mesmo tempo, uma profissional de sucesso. Ter objetivos é natural, mas quando as expectativas em torno deles se tornam tão altas a ponto de prejudicarem sua qualidade de vida e de você só se sentir feliz se tudo estiver absolutamente perfeito, é hora de reavaliá-las.
Neste livro você encontrará maneiras de se concentrar menos em tentar ser perfeita e focar mais no que há de maravilhoso em sua vida. Você aprenderá que suas necessidades às vezes precisam vir antes das demandas da família, do emprego e da casa e descobrirá que, para atendê-las e assumir o cuidado consigo mesma, é preciso se empenhar em manter um nível saudável de expectativas.
Em Você pode ser feliz sem ser perfeita, a Dra. Alice D. Domar apresenta técnicas simples, eficazes e clinicamente comprovadas que vão ajudá-la a reformular o modo como pensa e sente a vida. Com elas, você encontrará o equilíbrio, a satisfação e a felicidade que tanto deseja.
Você pode reformular suas expectativas e abraçar a vida imperfeita mas plena como deve ser. Pode se cuidar melhor e se sentir mais saudável e realizada. Você pode ser feliz sem ser perfeita.

O show do Rei na TV, Alpino via Yahoo! Colunistas

O show do Rei na TV, Alpino via Yahoo! Colunistas: "

Roberto Carlos cantou para cerca de 200 mil pessoas presentes na praia de Copacabana, no Rio, para ver seu especial de Natal, transmitido pela TV Globo.

"

quinta-feira, 16 de dezembro de 2010

Ideias geniais! Partilhe-se o que há de bom!


Espaço do Professor








Matemática é tema de poesias feitas por alunos do fundamental

Poesia e teatro ajudam alunos no aprendizado de matemática.
Poesia e teatro ajudam alunos no aprendizado de matemática.
Autor:Arquivo da escola

A professora Ielva Roselia Kasper, que leciona matemática na Escola Estadual de Ensino Fundamental Antonio Vicente da Fontoura, em Cachoeira do Sul (RS), a cerca de 200 Km de Porto Alegre, está sempre criando novos projetos. Sua preocupação é ajudar os alunos a aprender matemática. Nesse sentido, merecem destaque entre os projetos que criou, o Teatro de Matemática na Escola e o Poesia em sala de aula, que reproduzimos abaixo, desenvolvido em parceria com a professora Marlene Venturini e outros colegas de português.
Projeto Poesia em sala de aula
Objetivo geral:
Despertar o interesse pela literatura e oratória e o interesse pela matemática , sendo instruindo pelo professor sobre importância da poesia no desenvolvimento cultural de cada aluno e a matemática.
Objetivos específicos:
- Desenvolver o gosto pela escrita, leitura e a matemática utilizando a poesia. Considerando a possibilidade de alcançar o imaginário do aluno por meio da ficção e do cotidiano.
– O aluno deve reconhecer no texto a parte poética, seu estilo próprio e como a matemática pode ser poética.
– Criar hábitos desde cedo, trabalhando com a poesia na sala de aula e fora da sala também.
– Não é transformar o aluno em grande escritor de poesia, até porque precisa ter dom para esta arte, mas sim transformá-lo em leitor aptos a interpretar e compreender o que a poesia pode transmitir em meio aos versos, e também ler e interpretar problemas matemáticos.
Justificativa:
Qualquer ser humano se sensibiliza com uma poesia. É a fala da alma, por isso que a idéia foi começar a incentivar e cultivar a poesia na matemática, devendo produzir com beleza e intuito de envolver o aluno entre o emotivo e a razão, tornando a aula emotiva com a criação de textos poéticos de autoria deles mesmos , interligando atividade interdisciplinar com demonstrações de como utilizar a poesia dos alunos através da matemática. Desenvolver o aluno enquanto autor.
Desenvolvimento:
Durante a aula, o aluno faz sua própria poesia, com o conteúdo disponível no caderno.

Leia agora alguns poemas feitos por alunos da professora Ielva Roselia Kasper:

Matemática em Minha Vida
Paloma Gomes dos Santos - Turma 51
Somei minha vida.
Somei para melhor.
Multipliquei minhas esperanças
Multipliquei para melhor.
Subtrai o meu mau- humor e o desânimo,
Subtrai para melhor
Dividindo minha vida.
Mudei para melhor.
O problema da minha vida, já foi resolvido.
Tá! Enfrento muitos desafios.
E nunca desisti!
Calculei as emoções.
Zerei as tristezas.
Com a igualdade fiz para melhorar
Minhas atitudes; minhas responsabilidades.
Acertei todos os cálculos.
Afinal, a matemática está em minha vida

A Matemática
Bruna Oliveira Fagundes – Turma 51
Na matemática tem:
Potenciação com cara de radiciação
Expressões com cara de frações
Raiz com cara de vir de Paris
Conjunto dos múltiplos é somente
Dos números
E os números?
Qualquer um deles tem
Tudo isso
Tem na matemática.
Vizinhos! Quero ver teus amigos.
Mais, menos
Mais, menos
Vezes, dividir
E no resto vamos nós conseguir.

Matemática
Milena Vasconcelos Luiz - Turma 51
Às vezes é gostosa
Às vezes é confusão
Às vezes eu gosto
Às vezes não.
Às vezes tem potência
Às vezes tem raiz
Às vezes tem cálculos
Às vezes não.
Às vezes tem problemas
Somar, dividir, subtrair, multiplicar,
É uma confusão
Às vezes não.
Às vezes a professora Ielva é brava
Às vezes é querida.
Às vezes é brincalhona
Às vezes não.
Para terminar eu preciso contar
Eu adoro matemática
Não consigo viver sem ela
Ela é demais.



Acessado aos 16/12/2010 em:


segunda-feira, 13 de dezembro de 2010

Felicitación de navidad 2010



¡Jou jou jou!! Feliz Navidad!


 En la navidad del 2010, en el Certamen Internacional EducaRed deseabamos felicitar estas fiestas de una manera especial, haciendo partícipe a todo el mundo. Así que invitamos a todos los equipos participantes en esta edición para que nos enviasen su saludo navideño en un vídeo.

Han sido muchos los que se han sumado a nuestra felicitación de navidad y han elaborado vídeos fantásticos, divertidos, emotivos... ¡Gracias a todos!

Estos han sido los colegios y profesores que han participado, por orden de aparición:

·         Claudia Castiglioni, de la Escuela nº 15 Centario de Ushuaia, Argentina.
·         Bernat Llopis, de las Escuelas San José (Instituto Politécnico), Valencia, España.
·         Diego Martín Fernández, del Colegio Monserrat, Madrid, España.
·         Guilherme Erwing Hartung, del Colégio Estadual Embaixador José Bonifácio, Brasil.
·         Adriana Sanclemente, de la Institución Educativa Técnico Ambiental Fernández Guerra, Sede El Rosario, Colombia.
·         Abraham Alonso, del Colegio Cardenal Xavierre (PP. Dominicos), Zaragoza, España.
·         Nicolasa Serrano Buelvas, de la Institución Educativa República del Líbano, Sede Primero de Mayo, Colombia.
·         Carolina Busilacchi, de la Escuela Especial 1383 Ntra. Sra. de la Esperanza, Argentina.
·         Amparo Rueda, del IES Juan José Gómez Quintana, Cantabria, España.
·         Margarita Torres Novoa, del Colegio San Cristobal Sur, Colombia.
·         Lola Oriol y Cristina Roqueta, del Colegio de Ed. Especial Gloria Fuertes de Andorra, Teruel, España.
·         Pedro Pablo Ludeña Reyes, del Colegio Corazón de María, Madrid, España.
·         Diego Arroyo Murillo, del CEIP Miguel Artigas, Zaragoza, España.
·         Ana Isabel Blasco Nuño, del Colegio Público Ricardo Mallén, Teruel, España.
·         Luz Mary Benitez Lobera, del IED José Joaquin Castro Matinez, Sede B. Jornada Mañana, Colombia.
·         Olga Catesús Poveda, del CEIP San Isidoro, Murcia, España.
·         Eliana Bigai Núñez, del UEP Colegio Dr. Gustavo H. Machado, Venezuela.
·         Andrés Egás Espinosa, del Colegio Gutenbergshule, Ecuador.
·         María del Carmen Izquierdo, de la Instituc ión Educativa 2089, Micaela Bastidas, Perú.
·         Carmen Rosa, del Centro de Educación Básica Alternativa, Argentina.
·         Graciela Delgado Martínez, del Centro de estudios Tecnológicos Industrial y de Serv. 151, México.
·         Sergio Mauricio Galperin, de la escuela de Enseñanza Media nº 442, Argentina.
·         Terezinha Fatima Martins, del Centro de Estudos Supletivos de Duque de Caxias, Brasil.
·         Blanca Arteaga, del Centro María Inmaculada (Ríos Rosas), Madrid, España.
·         Walther González, de la Escuela 320, Bariloche, Argentina.


sexta-feira, 10 de dezembro de 2010

AMOR PRA RECOMEÇAR - Frejat 2 .wmv

Os números do Pisa 2009 - Educação - Notícia - VEJA.com

Educadores responsáveis e críticos, precisamos ficar atentos ao compromisso que temos para a superação desse quadro:

Os números do Pisa 2009 - Educação - Notícia - VEJA.com

A Educação no Cinema - Educar para Crescer

Tudo que é importante para a educação responsável com valores cidadãos precisa ser apreciado!


A Educação no Cinema - Educar para Crescer



Clarice Lispector


"O melhor está nas entrelinhas", escreveu Clarice

Escritora ucraniana, naturalizada brasileira 10/12/1920, Tchetchelnik, Ucrânia
09/12/1977, Rio de Janeiro, Brasil

Quando surgiu com o livro Perto do Coração Selvagem — seu primeiro romance, pelo qual recebeu o Prêmio Graça Aranha —, Clarice Lispector foi comparada a escritores como James Joyce e Virginia Woolf, os quais ela ainda não havia lido. Tinha 17 anos e revolucionava a literatura brasileira da época com um estilo narrativo próprio, usando muitas aliterações, metáforas e o monólogo interior, próprio de um tipo de literatura introspectivo e intimista. "Uma vida completa pode acabar numa identificação tão absoluta com o não-eu que não haverá mais um eu para morrer", escreveu na epígrafe de A paixão segundo G. H. A escritora, que se considerava interiormente brasileira, afirmou que com a língua brasileira expressou as palavras de amor e seus pensamentos mais íntimos. Sua prosa tem muitas características poéticas e forte relação com a análise do inconsciente.

Natural de Tchetchelnik, na Ucrânia, chegou ao Brasil aos 2 meses, onde a família, de origem judia, fixou-se em Recife (PE) e depois no Rio de Janeiro (1937), cidade em que Clarice foi professora particular de português e posteriormente redatora da Agência Nacional, onde se aproximou de muitos jornalistas e escritores influentes da época. Com 23 anos, casou-se com Maury Gurgel Valente, que depois se tornaria diplomata — o que fez o casal viver muitos anos fora do Brasil —, com quem ficou casada por 15 anos e teve 2 filhos. 

Durante a infância, leu contos infantis que, segundo ela, soltavam-lhe a imaginação. Um de seus livros sagrados era Reinações de Narizinho, de Monteiro Lobato. Adolescente, impressionou-se ao ler José de Alencar, Eça de Queirós, Graciliano Ramos, Machado de Assis, Mário de Andrade, Rachel de Queiroz, Julien Green, Herman Hesse, Dostoievski e Katherine Mansfield.

Além de ser uma das maiores romancistas e cronistas da literatura brasileira, com reconhecimento internacional e muito prêmios de reconhecimento, Clarice também foi uma ativa cronista e jornalista, tendo sido colunista durante vários anos; trabalhou para publicações como os jornais Correio da ManhãDiário da NoiteO ComícioJornal do Brasil, e para as revistas Manchete Fatos & Fotos (nesta como entrevistadora), entre outras.

Confira as principais obras da escritora:

Romance

Perto do coração selvagem (1944), O lustre (1946), A cidade sitiada (1949), A maçã no escuro (1961), A paixão segundo G. H. (1964), Uma aprendizagem ou O livro dos prazeres(1969), Água viva (1973) e A hora da estrela (1977).

Conto

Alguns contos (1952), Laços de família (1960), A legião estrangeira (1964), Felicidade clandestina (1971), A imitação da rosa (1973), A via crucis do corpo (1974) e Onde estivestes de noite (1974).

Literatura infantil

O mistério do coelho pensante (1967), A mulher que matou os peixes (1968), A vida íntima de Laura (1974) e Quase de verdade (1978).

Crônicas e entrevistas

Visão do esplendor (1975) e De corpo inteiro (1975).

Obras póstumas

Para não esquecer — crônica (1978); Um sopro de vida (pulsações) — romance (1978); A bela e a fera (1979) 
 reunião de contos inéditos escritos em épocas diferentes; A descoberta do mundo (1984)  seleção de crônicas publicadas em jornal entre agosto de 1967 e dezembro de 1973; Como nasceram as estrelas (1987)  contos infantis;  Cartas perto do coração (2001)  cartas trocadas com Fernando Sabino; Correspondências(2002); Aprendendo a viver (2004)  seleção de crônicas publicadas em jornal entre agosto de 1967 e dezembro de 1973; Outros escritos (2005)  reunião de textos de natureza diversa; Correio feminino (2006)  reunião de textos publicados em suplementos femininos de jornais, nas décadas de 1950 e 1960; Entrevistas (2007) seleção de entrevistas realizadas nas décadas de 1960 e 1970; Minhas queridas (2007) correspondências; Só para mulheres (2008)  reunião de textos publicados em suplementos femininos de jornais, nas décadas de 1950 e 1960. 

quinta-feira, 9 de dezembro de 2010

Grande Clarice Lispector!


Que dia é hoje?
   
 9/12/1977 - Morre Clarice Lispector
 
   Clarice Lispector, escritora ucraniana, naturalizada brasileira. Mudou-se para o Brasil ainda bebê. Durante sua juventude estudou no Rio de Janeiro. Conheceu sua vocação aos 17 anos, quando publicou "Perto do Coração Selvagem", romance pelo qual recebeu o prêmio Graça Aranha. Entre suas obras destacam-se também "A paixão segundo G.H."; "Aprendizagem ou o Livro dos Prazeres"; "Água Viva" e "A Hora da Estrela".

I SIELP

Caros Colegas,

Informo que o site do I Simpósio Internacional de Ensino de Língua Portuguesa (SIELP), apesar de não totalmente pronto, está no ar - www.ileel.ufu.br/sielp.
Prof. Doutores/as, estão convidad@s a inscreverem-se em GTs.
www.ileel.ufu.br
O I SIELP – Simpósio Internacional de Ensino de Língua Portuguesa - tem por objetivo promover uma reflexão em torno do ensino de Língua Portuguesa, configurando-se como mais um espaço de discussão e circulação de ideias e trabalhos que fundamentam as principais linhas de pesquisa que compõem as área

Da Revista Língua Portuguesa

Os perigos semânticos do racismo
Casos de preconceito expõem uso indiscriminado da palavra "racismo", confundida com "injúria" e "apologia à violência"

Eduardo Roberto Alcântara Del-Campo

Funcionários de um comércio no bairro do Grajaú, em São Paulo: "racismo" como injúria a nordestinos

Todas as profissões possuem vocabulário próprio, um glossário que permite comunicação mais efetiva entre os que trabalham em determinada área do conhecimento humano. Com o Direito não é diferente. As letras forenses são plenas de particularidades e aforismos próprios, familiares aos que militam nas lides judiciais, mas bastante estranhos à população em geral.

Alguns problemas surgem porque, ao contrário do que observamos em outras ciências, os termos jurídicos têm, não raro, um segundo significado, comum e muito difundido, circunstância que frequentemente leva confusão aos que batem às portas dos tribunais em busca de justiça.

São palavras como: "queixa", "exceção", "suspeição", "competência", cujo significado popular difere, em muito, do sentido técnico, muitas vezes bastante difícil de ser explicitado ao leigo.

Um dos exemplos mais veementes dessa dicotomia é o vocábulo "racismo".

Debate
Numa série de episódios recentes, de ataques a nordestinos e outros atores sociais, o termo voltou a movimentar o debate no país. Para o senso comum, "racismo" significa toda e qualquer forma de "preconceito extremado contra indivíduos pertencentes a uma raça ou etnia diferente, geralmente considerada inferior" (Houaiss eletrônico, 2009), englobando condutas variadas, que vão da simples ofensa verbal a atos sociais discriminatórios ou violência física.

Em sentido técnico, no entanto, o termo remete a "crimes resultantes de preconceito de raça ou de cor", tipificados pela Lei n° 7.716, de 5 de janeiro de 1989, que usa, nas diversas figuras penais, frases como: "impedir ou obstar o acesso", "negar ou obstar emprego", "recusar, negar ou impedir a inscrição ou ingresso", "recusar hospedagem", "recusar atendimento", "impedir ou obstar casamento", impedir ou obstar convivência social" e outros comportamentos, sancionados com penas que variam de um mínimo de um a um máximo de cinco anos de reclusão, cumulados ou não com multa.

São condutas ligadas à ideia de exclusão, de eliminação, de óbice concreto ao exercício de um direito, ao sentimento íntimo de proscrição do outro, que torna tais condutas desprezíveis.

É necessário, no entanto, diferenciar esses crimes da injúria (ofensa verbal), qualificada por "elementos referentes a raça, cor, etnia, religião, origem ou a condição de pessoa idosa ou portadora de deficiência", prevista pelo art. 140, §3°, do Código Penal (com redação determinada pela Lei n° 10.741, de 2003) e que recebe pena abstrata de "reclusão de um a três anos e multa".

Mal comparando, para a lei, uma coisa é impedir alguém de entrar num restaurante ou tratá-lo mal por ele ser negro ou nordestino. Outra é injuriar alguém, com base em ofensas de conteúdo racial.

Tema bastante polêmico, não raro vemos nos noticiários pessoas, atingidas em sua honra por expressões alusivas à origem social ou étnica, dizendo-se vítimas de racismo e indignadas porque a autoridade policial não tipificou a conduta na Lei n° 7.716/89, mas sim na injúria prevista no Código Penal. A própria mídia, por vezes desinformada, concorre para essa confusão e acaba, involuntariamente, por estimular o atrito, inquinando como faltosas condutas funcionais absolutamente corretas.

Injúria x racismo
Importa esclarecer que a Justiça tem peculiaridades e o autor do delito, de uma forma ou outra, seja qual for o nomen juris dado ao fato, será efetivamente responsabilizado.
Necessário anotar, enfim, que eliminar tais comportamentos não é tarefa policial. É preciso, mais. É urgente que os homens se conscientizem de sua igualdade intrínseca e de que a cor da pele, a religião ou a origem social não os qualifica como melhores seres humanos.

Assim como o Cavaleiro Inexistente, de Italo Calvino, precisamos abandonar a narcísica armadura reluzente que nos aniquila para poder encontrar o outro, em toda sua dimensão, na divina beleza de sua diversidade. Parafraseando a frase de Freud ao encerrar a XXXIª das Novas Conferências Introdutórias à psicanálise (1933:102), "lá onde está o Id deverá estar o Ego". Mas esse é um trabalho para a cultura e não para o Direito Penal.

Eduardo Roberto Alcântara Del-Campo é o 5° Promotor de Justiça da Infância e da Juventude de São Paulo
- As palavras do ano
- Salve Ariano, o imperador
- Dicionário policial
- Presidente ou presidenta?