Introdução

Mãe de 3 filhos (Rodrigo, Philippe e Fernanda), avó (quatro netas: Eduarda, Mirela, Luna e Laura), Supervisora Educacional, Profª aposentada de Língua Portuguesa e Literatura Brasileira; Pedagoga e Pesquisadora, Graduada em Letras e Pedagogia e Pós-Graduada (Especialista em Língua Portuguesa e Iniciação Teológica); Mestre em Letras e Ciências Humanas. Trabalho muito, estudo bastante, adoro pesquisar, ler boas obras; folhear jornais e revistas, assistir telejornais; viajar, ir ao Shopping, utilizar a Internet. Crio algumas "quadrinhas", gosto de elaborar projetos que não sejam engavetados.

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segunda-feira, 31 de agosto de 2009

A "tirinha" da Grauninha!




Expressividade em poucas linhas de desenho e imaginação de texto!
Que preciosidade! Adoro coisas assim! Simples e criativas!

terça-feira, 11 de agosto de 2009

E sobre o cérebro, caixinha de lembranças, vale esse recado:




Data e fonte: Sunday, 09 August 09 - 07:57 AM (GMT -04:00)
Fonte – Info Money - By Master Santucci

SÃO PAULO - O estresse e o alto nível de concentração exigido na maioria dos empregos fazem com que muitos profissionais pensem em descansar a mente durante todo tempo livre disponível. Entretanto, o cérebro precisa trabalhar, o que pode ser feito de maneira a relaxar também. Quanto mais informações os neurônios recebem, surgem mais ligações entre eles, as chamadas sinapses.
"A ciência já constatou que existem diversos exercícios que deixam a mente sempre afiada, ágil, esperta. Desde inocentes palavras cruzadas até games sofisticados. A explicação é simples. Quanto mais sinapses você cria, mais possibilidade de raciocínio rápido você tem. E todos esses jogos estimulam isso", explica o diretor editorial das revistas de passatempos Coquetel, Henrique Ramos.
Como exercitar o cérebro?
Assim como o corpo precisa de exercícios físicos para manter o seu bom funcionamento, o cérebro precisa de seus estímulos. Afinal, ele precisa estar sempre ativo para que não haja perda de memória nem falta de soluções criativas para driblar situações imprevistas do cotidiano.
Uma forma de exercitar o cérebro é por meio de resoluções de jogos passatempo, como palavras cruzadas, sudoku e problemas de lógica que possuem ferramentas aconselhadas por neuropsiquiatras e terapeutas para auxiliar na chamada "ginástica cerebral".
Esses jogos ajudam o profissional a fugir da sobrecarga das informações rotineiras e também estimulam a aprendizagem, a memória, a autoestima e a criatividade.
Os jogos trabalham a concentração, o foco e o raciocínio lógico. "Pessoas que resolvem passatempo conseguem criar soluções para desafios, o que tem sido muito requisitado em empresas, em provas de concursos e de vestibulares. A lógica das empresas é que essas habilidades poderão ser usadas no trabalho, para resolver problemas do dia-a-dia", finaliza Ramos.

Um presente que recebi pelo aniversário do Blog!

Adorei! É uma metáfora instigante!

Aniversário de um ano do meu Blog!





Foi lá no NTE (Núcleo de Tecnologia Educacional) de Duque de Caxias, RJ, Brasil, que iniciei os primeiros passos com esse blog.



Não sei usar muitos recursos inovadores, mas o que aprendi permitiu-me estar até hoje aqui nesse cantinho, onde recebo algumas raras visitas, porém, de pessoas do bem, que comentam comigo, e não necessariamente no Blog, sobre alguns dos assuntos postados.
Agradeço a esses, em média 630 visitantes, que até a presente data e horário (são 09:45h, agora) prestigiaram com sua atenção e um olhar para esse espaço. Ficaram conhecendo um pouquinho sobre mim, sobre assuntos que gosto (são tantos, especialmente ligados ao ensino e aprendizagem, às leituras... Várias coisas!). Pena que não tenho muito tempo de passar por aqui e atualizá-lo mais, para tentar ajudar um pouquinho em algumas reflexões. Eu não costumo divulgar o blog onde trabalho, onde estudo, nem com a família... A princípio não o havia aberto para visitantes. Era só um treino e uma espécie de diário, algo assim.



Quem já passou por aqui, nem sei exatamente como o encontrou. Só passei a comentar sobre ele há pouco tempo, com os amigos de Vale de Gouvinhas, Mirandela, Trás-os-Montes – Portugal - local onde nasceu minha avó Filomena e grande parte de meus antepassados. Onde vivem hoje vários de nossos parentes oriundos da família Ribeirinha (e os de “Jesus Fernandes?), que tive a bênção do Senhor Deus em encontrá-los. Na semana passada (início de agosto de 2009) também comentei, no site “Conexão Professor” do Estado do Rio de Janeiro, sobre a existência desse cantinho.
Bem, de qualquer forma, aqui está o blog e, hoje, aqui estou eu a digitar essas palavras... Mas a hora é de comemorar!



Faço-o tomando o meu café da manhã, café mesmo, e saboreando meu pão com ovo (que eu adoro!), preparado por minha mãe, Rosa, que espia eu cá nesse cantinho da sala e não entende bem porque eu gosto tanto de ler, escrever, digitar, estudar, pesquisar... Ela prefere trocar receitas de quitutes, gosta de cozinhar, ir ao mercado, conversar com vizinhos, faxinar a casa dela e de minha avó Filomena.



Somos diferentes e, muitas vezes, ela pensa que eu não a entendo. Err, e eu penso o mesmo em relação a ela: penso que ela não me entende...!



Mas, assim vamos convivendo!



Meus filhos ficam surpresos porque não é tão comum as mães dos amigos deles gostarem de computador... Minha neta, quando vem aqui em casa, olha direto para esse lado da sala, onde geralmente ela me encontra! Ela fará dois anos no próximo mês, mas já gosta de computadores, laptops, celulares... Minha menininha linda da vovó!



Muito obrigada a todos os que, em algum momento, fazem uma visita a este espaço!
Paz e Bem!

sábado, 8 de agosto de 2009

Exercitar para o ENEM



Questão 1

Concordo plenamente com o artigo "Revolucione a sala de aula". É preciso que valorizemos o ser humano, seja ele estudante, seja professor. Acredito na importância de aprender a respeitar nossos limites e superá-los, quando possível, o que será mais fácil se pudermos desenvolver a capacidade de relacionamento em sala de aula. Como arquiteta, concordo com a postura de valorização do indivíduo, em qualquer situação: se procurarmos uma relação de respeito e colaboração, seguramente estaremos criando a base sólida de uma vida melhor.

Tania Bertoluci de Souza
Porto Alegre,RS. Disponível em:
<:http://www.kanitz.com.br/veja/cartas.htm>.
Acesso em: 2 maio 2009 (com adaptações).

Em uma sociedade letrada como a nossa, são construídos textos diversos para dar conta das necessidades cotidianas de comunicação. Assim, para utilizar-se de algum gênero textual, é preciso que conheçamos os seus elementos. A carta de leitor é um gênero textual que:

(A) apresenta sua estrutura por parágrafos, organizado pela tipologia da ordem da injunção (comando) e estilo de linguagem com alto grau de formalidade.
(B) se inscreve em uma categoria cujo objetivo é o de descrever os assuntos e temas que circularam nos jornais e revistas do país semanalmente.
(C) se organiza por uma estrutura de elementos bastante flexível em que o locutor encaminha a ampliação dos temas tratados para o veículo de comunicação.
(D) se constitui por um estilo caracterizado pelo uso da variedade não-padrão da língua e tema construído por fatos políticos.
(E) se organiza em torno de um tema, de um estilo e em forma de paragrafação, representando, em conjunto, as ideias e opiniões de locutores que interagem diretamente com o veículo de comunicação.

Questão 2

José Dias precisa sair de sua casa e chegar até o trabalho, conforme mostra o Quadro 1. Ele vai de ônibus e pega três linhas: 1) de sua casa até o terminal de integração entre a zona norte e a zona central; 2) deste terminal até outro entre as zonas central e sul; 3) deste último terminal até onde trabalha. Sabe-se que há uma correspondência numérica, nominal e cromática das linhas que José toma, conforme o Quadro 2.



José Dias deverá, então, tomar a seguinte sequência de linhas de ônibus, para ir de casa ao trabalho:

(A) L. 102 – Circular zona central – L. Vermelha.
(B) L. Azul – L. 101 – Circular zona norte.
(C) Circular zona norte – L. Vermelha – L. 100.
(D) L. 100 – Circular zona central – L. Azul.
(E) L. Amarela – L. 102 – Circular zona sul.

Questão 3

Figura 1




Disponível em: . Acesso em: 24 abr. 2009.




Figura 2




Disponível em: . Acesso em: 30 abr. 2009.


Comparando as figuras, que apresentam mobiliários de épocas diferentes, ou seja, a figura 1 corresponde a um projeto elaborado por Fernando e Humberto Campana e a figura 2, a um mobiliário do reinado de D. João VI, pode-se afirmar que

(A) os materiais e as ferramentas usados na confecção do mobiliário de Fernando e Humberto Campana, assim como os materiais e as ferramentas utilizados na confecção do mobiliário do reinado de D. João VI, determinaram a estética das cadeiras.
(B) as formas predominantes no mobiliário de Fernando e Humberto Campana são complexas, enquanto que as formas do mobiliário do reinado de D. João VI são simples, geométricas e elásticas.
(C) o artesanato é o atual processo de criação de mobiliários empregado por Fernando e Humberto Campana, enquanto que o mobiliário do reinado de D. João VI foi industrial.
(D) ao longo do tempo, desde o reinado de D. João VI, o mobiliário foi se adaptando consoante as necessidades humanas, a capacidade técnica e a sensibilidade estética de uma sociedade.
(E) o mobiliário de Fernando e Humberto Campana, ao contrário daquele do reinado de D. João VI, considera primordialmente o conforto que a cadeira pode proporcionar, ou seja, a função em detrimento da forma.

O poema de Manoel de Barros será utilizado para resolver as questões 4 e 5.

O apanhador de desperdícios


Uso a palavra para compor meus silêncios.
Não gosto das palavras
fatigadas de informar.
Dou mais respeito
às que vivem de barriga no chão
tipo água pedra sapo.
Entendo bem o sotaque das águas
Dou respeito às coisas desimportantes
e aos seres desimportantes.
Prezo insetos mais que aviões.
Prezo a velocidade
das tartarugas mais que a dos mísseis.
Tenho em mim um atraso de nascença.
Eu fui aparelhado
para gostar de passarinhos.
Tenho abundância de ser feliz por isso.
Meu quintal é maior do que o mundo.
Sou um apanhador de desperdícios:
Amo os restos
como as boas moscas.
Queria que a minha voz tivesse um formato
de canto.
Porque eu não sou da informática:
eu sou da invencionática.
Só uso a palavra para compor meus silêncios.


BARROS, Manoel de. O apanhador de desperdícios. In. PINTO, Manuel da Costa.
Antologia comentada da poesia brasileira do século 21. São Paulo: Publifolha, 2006. p. 73-74.

Questão 4

É próprio da poesia de Manoel de Barros valorizar seres e coisas considerados, em geral, de
menor importância no mundo moderno. No poema de Manoel de Barros, essa valorização é
expressa por meio da linguagem

(A) denotativa, para evidenciar a oposição entre elementos da natureza e da modernidade.
(B) rebuscada de neologismos que depreciam elementos próprios do mundo moderno.
(C) hiperbólica, para elevar o mundo dos seres insignificantes.
(D) simples, porém expressiva no uso de metáforas para definir o fazer poético do eu-lírico poeta.
(E) referencial, para criticar o instrumentalismo técnico e o pragmatismo da era da informação digital.

Questão 5

Considerando o papel da arte poética e a leitura do poema de Manoel de Barros, afirma-se que

(A) informática e invencionática são ações que, para o poeta, correlacionam-se: ambas têm o
mesmo valor na sua poesia.
(B) arte é criação e, como tal, consegue dar voz às diversas maneiras que o homem encontra
para dar sentido à própria vida.
(C) a capacidade do ser humano de criar está condicionada aos processos de modernização
tecnológicos.
(D) a invenção poética, para dar sentido ao desperdício, precisou se render às inovações da
informática.
(E) as palavras no cotidiano estão desgastadas, por isso à poesia resta o silêncio da não
comunicabilidade.

Questão 6


Aumento do efeito estufa ameaça plantas, diz estudo.

O aumento de dióxido de carbono na atmosfera, resultante do uso de combustíveis fósseis e das queimadas, pode ter consequências calamitosas para o clima mundial, mas também pode afetar diretamente o crescimento das plantas. Cientistas da Universidade de Basel, na Suíça, mostraram que, embora o dióxido de carbono seja essencial para o crescimento dos vegetais, quantidades excessivas desse gás prejudicam a saúde das plantas e têm efeitos incalculáveis na agricultura de vários países.
O Estado de São Paulo, 20 set. 1992, p.32.

O texto acima possui elementos coesivos que promovem sua manutenção temática. A partir dessa
perspectiva, conclui-se que

(A) a palavra “mas”, na linha 3, contradiz a afirmação inicial do texto: linhas 1 e 2.
(B) a palavra “embora”, na linha 4, introduz uma explicação que não encontra complemento no
restante do texto.
(C) as expressões: “consequências calamitosas”, na linha 2, e “efeitos incalculáveis”, na linha 6,
reforçam a ideia que perpassa o texto sobre o perigo do efeito estufa.
(D) o uso da palavra “cientistas”, na linha 3, é desnecessário para dar credibilidade ao texto,
uma vez que se fala em “estudo” no título do texto.
(E) a palavra “gás”, na linha 5, refere-se a “combustíveis fósseis” e “queimadas”, nas linhas 1 e
2, reforçando a ideia de catástrofe.

Questão 7

Texto I

Ser brotinho não é viver em um píncaro azulado; é muito mais! Ser brotinho é sorrir bastante dos
homens e rir interminavelmente das mulheres, rir como se o ridículo, visível ou invisível, provocasse uma tosse de riso irresistível.
CAMPOS, Paulo Mendes. Ser brotinho. In: SANTOS, Joaquim Ferreira dos (Org.).
As cem melhores crônicas brasileiras. Rio de Janeiro: Objetiva, 2005. p. 91.

Texto II

Ser gagá não é viver apenas nos idos do passado: é muito mais! É saber que todos os amigos já
morreram e os que teimam em viver são entrevados. É sorrir, interminavelmente, não por necessidade interior, mas porque a boca não fecha ou a dentadura é maior que a arcada.
FERNANDES, Millôr. Ser gagá. In: SANTOS, Joaquim Ferreira dos (Org.).
As cem melhores crônicas brasileiras. Rio de Janeiro: Objetiva, 2005. p. 225.

Os textos utilizam os mesmos recursos expressivos para definir as fases da vida, entre eles,

(A) expressões coloquiais com significados semelhantes.
(B) ênfase no aspecto contraditório da vida dos seres humanos.
(C) recursos específicos de textos escritos em linguagem formal.
(D) termos denotativos que se realizam com sentido objetivo.
(E) metalinguagem que explica com humor o sentido de palavras.

Questão 8

Apesar da ciência, ainda é possível acreditar no sopro divino – o momento em que o
Criador deu vida até ao mais insignificante dos micro-organismos?
Resposta de Dom Odilo Scherer, cardeal arcebispo de São Paulo, nomeado pelo papa Bento XVI em 2007:
“Claro que sim. Estaremos falando sempre que, em algum momento, começou a existir algo, para poder evoluir em seguida. O ato do criador precede a possibilidade de evolução: só evolui algo que existe. Do nada, nada surge e evolui.”

LIMA, Eduardo. Testemunha de Deus. SuperInteressante, São Paulo, n. 263-A, p. 9, mar. 2009 (com adaptações).

Resposta de Daniel Dennet, filósofo americano ateu e evolucionista radical, formado em Harvard e Doutor por Oxford:
“É claro que é possível, assim como se pode acreditar que um super-homem veio para a Terra há 530 milhões de anos e ajustou o DNA da fauna cambriana, provocando a explosão da vida daquele período. Mas não há razão para crer em fantasias desse tipo.”

LIMA, Eduardo. Advogado do Diabo. SuperInteressante, São Paulo, n. 263-A, p. 11, mar. 2009 (com adaptações).

Os dois entrevistados responderam a questões idênticas, e as respostas a uma delas foram reproduzidas aqui. Tais respostas revelam opiniões opostas: um defende a existência de Deus e o outro não concorda com isso. Para defender seu ponto de vista,

(A) o religioso ataca a ciência, desqualificando a Teoria da Evolução, e o ateu apresenta
comprovações científicas dessa teoria para derrubar a ideia de que Deus existe.
(B) Scherer impõe sua opinião, pela expressão “claro que sim”, por se considerar autoridade competente para definir o assunto, enquanto Dennett expressa dúvida, com expressões como “é possível”, assumindo não ter opinião formada.
(C) o arcebispo critica a teoria do Design Inteligente, pondo em dúvida a existência de Deus, e o ateu argumenta com base no fato de que algo só pode evoluir se, antes, existir.
(D) o arcebispo usa uma lacuna da ciência para defender a existência de Deus, enquanto o filósofo faz uma ironia, sugerindo que qualquer coisa inventada poderia preencher essa lacuna.
(E) o filósofo utiliza dados históricos em sua argumentação, ao afirmar que a crença em Deus é algo primitivo, criado na época cambriana, enquanto o religioso baseia sua argumentação no fato de que algumas coisas podem “surgir do nada”.

Questão 9



O personagem Chico Bento pode ser considerado um típico habitante da zona rural, comumente
chamado de “roceiro” ou “caipira”. Considerando a sua fala, essa tipicidade é confirmada primordialmente pela
(A) transcrição da fala característica de áreas rurais.
(B) redução do nome “José” para “Zé”, comum nas comunidades rurais.
(C) emprego de elementos que caracterizam sua linguagem como coloquial.
(D) escolha de palavras ligadas ao meio rural, incomuns nos meios urbanos.
(E) utilização da palavra “coisa”, pouco frequente nas zonas mais urbanizadas.


Questão 10

A sociedade atual testemunha a influência determinante das tecnologias digitais na vida do homem moderno, sobretudo daquelas relacionadas com o computador e a internet. Entretanto, parcelas significativas da população não têm acesso a tais tecnologias. Essa limitação tem pelo menos dois motivos: a impossibilidade financeira de custear os aparelhos e os provedores de acesso, e a impossibilidade de saber utilizar o equipamento e usufruir das novas tecnologias. A essa problemática, dá-se o nome de exclusão digital.

No contexto das políticas de inclusão digital, as escolas, nos usos pedagógicos das tecnologias de informação, devem estar voltadas principalmente para

(A) proporcionar aulas que capacitem os estudantes a montar e desmontar computadores, para
garantir a compreensão sobre o que são as tecnologias digitais.
(B) explorar a facilidade de ler e escrever textos e receber comentários na internet para desenvolver a interatividade e a análise crítica, promovendo a construção do conhecimento.
(C) estudar o uso de programas de processamento para imagens e vídeos de alta complexidade
para capacitar profissionais em tecnologia digital.
(D) exercitar a navegação pela rede em busca de jogos que possam ser “baixados” gratuitamente para serem utilizados como entretenimento.
(E) estimular as habilidades psicomotoras relacionadas ao uso físico do computador, como
mouse, teclado, monitor etc.

GABARITO

Questão 1 – Gabarito: E ...................................................................................................................................
Habilidade 1 – Identificar as diferentes linguagens e seus recursos expressivos como elementos de caracterização dos sistemas de comunicação.
Questão 2 – Gabarito: C ...................................................................................................................................
Habilidade 2 – Recorrer aos conhecimentos sobre as linguagens dos sistemas de comunicação e informação para resolver problemas sociais.
Questão 3 – Gabarito: D ...................................................................................................................................
Habilidade 13 – Analisar as diversas produções artísticas como meio de explicar diferentes culturas, padrões de beleza e preconceitos.
Questão 4 – Gabarito: D ...................................................................................................................................
Habilidade 15 – Estabelecer relações entre o texto literário e o momento de sua produção, situando aspectos do contexto histórico, social e político.
Questão 5 – Gabarito: B ...................................................................................................................................
Habilidade 17 – Reconhecer a presença de valores sociais e humanos atualizáveis e permanentes no
patrimônio literário nacional.
Questão 6 – Gabarito: C ...................................................................................................................................
Habilidade 18 – Identificar os elementos que concorrem para a progressão temática e para a organização e
estruturação de textos de diferentes gêneros e tipos.
Questão 7 – Gabarito: E ...................................................................................................................................
Habilidade 22 – Relacionar, em diferentes textos, opiniões, temas, assuntos e recursos linguísticos.
Questão 8 – Gabarito: D ...................................................................................................................................
Habilidade 24 – Reconhecer no texto estratégias argumentativas empregadas para o convencimento do
público, tais como a intimidação, sedução, comoção, chantagem, entre outras.
Questão 9 – Gabarito: A ...................................................................................................................................
Habilidade 25 – Identificar, em textos de diferentes gêneros, as marcas linguísticas que singularizam as
variedades linguísticas sociais, regionais e de registro.
Questão 10 – Gabarito: B .................................................................................................................................
Habilidade 30 – Relacionar as tecnologias de comunicação e informação ao desenvolvimento das sociedades e ao conhecimento que elas produzem.

Também disponível em:
http://www.conexaoaluno.rj.gov.br/download /Enem2009_linguagens_codigos.pdf
Acessado aos 08 de agosto de 2009.

domingo, 2 de agosto de 2009

Em Busca da Vida Eterna



PISTAS DEIXADAS POR BACTÉRIAS,VERMES DE LABORATÓRIO E ÁGUAS-VIVAS ESTIMULAM A BUSCA PELA VIDA ETERNA.

Tudo o que é vivo morre. A máxima é do clássico teatral “O Auto da Compadecida”, de Ariano Suassuna, mas não é preciso ser um gênio literário para enunciá-la. Só faltou combinar a coisa com uma água-viva conhecida pelo nome científico de Turritopsis nutricula. Nos últimos anos, a criatura gelatinosa, que mede apenas uns poucos centímetros, virou uma praga em vários oceanos. Em geral, as águas-vivas passam por um rápido envelhecimento após alcançar a maturidade sexual e se reproduzir, mas não a T. nutricula. Experimentos em laboratório mostram que todos os indivíduos do bicho, após um tempo de vida adulta, espontaneamente revertem à forma que tinham quando jovens (que é um pólipo, ou seja, um tubo fixo com tentáculos, parecido com uma anêmona). Deixe-me frisar isso, caso você ainda esteja meio confuso. Nenhuma, pelo que se sabe, morre de morte morrida. Zero.

Não pense que a água-viva é uma exceção completa. Em condições ideais, as bactérias também são potencialmente imortais – continuam a fazer sua divisão sem parar, sem qualquer sinal de envelhecimento. Esses dados malucos sugerem que não há nada de intrinsecamente inevitável na mortalidade. Qualquer um está sujeito à “morte matada”, ligada a acidentes e predadores, mas é possível conceber modos de barrar os processos lentos que levam ao envelhecimento e à morte natural.

SUBPRODUTO
Um dos cientistas que mais botam fé nessa ideia é o britânico Aubrey de Grey, gerontologista da Universidade de Cambridge. Ao menos parte do que sabemos sobre a biologia do envelhecimento está do lado de Grey. Ao contrário do que se vê em relação ao crescimento e à maturação, que é um processo programado pelos genes, o envelhecimento parece ser o acúmulo de erros aleatórios no organismo, minando a capacidade do corpo de se consertar, até que ele finalmente acaba dando pau.
“É por isso que temos de adotar uma estratégia de dividir e conquistar”, argumenta Grey. Ele explica que, quando somos jovens, o corpo consegue contrabalançar os erros que se acumulam com processos naturais de “conserto”. “Em vez de tentar impedir que tais danos surjam, coisa que seria muito mais complicada, temos de fazer com que as mudanças continuem sendo inofensivas”, afirma.


Considerando que os danos se acumulam em 3 frentes distintas – no nível das células, que não se dividem mais, no das proteínas, que se acumulam como se fossem “lixo tóxico”, e no do DNA, que sofre mutações indesejadas --, Grey propõe um tipo de ataque diferente para cada inimigo. No caso do “esgotamento” de células indispensáveis, as famosas células-tronco, capazes de assumir a função de qualquer tecido do organismo, poderiam servir como peças de reposição. Vírus modificados fariam um passeio pelo DNA, consertando o material genético quando houvesse falhas. E bactérias especializadas ficariam encarregadas de navegar pelo organismo e digerir restos protéicos tóxicos.

Além da abordagem sugerida pelo britânico, estudos mais apurados sobre a água-viva “imortal” certamente nos reservam surpresas. Os pesquisadores já sabem que um de seus principais truques para rejuvenescer envolve o fenômeno conhecido como transdiferenciação, ou seja, a arte de fazer uma célula adulta, já especializada em determinada função, voltar a adquirir a versatilidade que tinha quando ainda era uma célula-tronco. É claro que, se não quisermos todos virar um bando de Benjamins Buttons, vai ser preciso intervir com muito cuidado num mecanismo tão fundamental da vida multicelular. O prêmio de quem conseguir fazer isso é a fonte da juventude, versão 2.0.

FONTE: Super Interessante: A ciência do Impossível. 33 ideias que parecem irreais, mas não são!

"Grauninha"


Muito interessante a tirinha publicada no Jornal “O Globo”, datado de 31 de julho de 2009.
Mais uma da “graúna”, uma ave magrinha, mas muito expressiva e combativa. Para quem não conhece, ela foi criada pelo cartunista Henrique de Souza Filho, o Henfil (1944-1988), com a proposta de discutir os problemas sociais, políticos e econômicos pelos quais passava (?) o Brasil dos anos 1970. O cenário é uma caatinga, aspecto desolador, com cactos que configuram as características áridas do lugar, uma alegoria à escassez e ao abandono. O genial é que, com pouquíssimos traços, o cartunista conseguiu dar vida a essa ave e outras personagens que aparecem na tirinha, entre elas, um cangaceiro-macho-lutador”, porém dado a gestos carinhosos, de nome Zeferino.
Hmmm, mas vamos à tirinha a qual me referi antes... O cangaceiro anuncia num megafone (e, no quadro há a presença de uma personagem encurvada e triste). No texto, as palavras do cangaceiro são: “Após 26 dias sem comer, virou branca! Santinha Grauninha cura ou seu dinheiro de volta! A tal personagem que vem chegando com seus ais-ais aproxima-se da Santinha Grauninha e se queixa: “Valhei-me (sic), Santinha! Quero chorar, não tenho lágrimas”... O gaiato é visualizar, no 3º quadrinho da história, que a graúna e a grauninha saracoteiam logo numa dancinha e cantam: “Que me rolem na face, pra me socorrer! Se eu chorasse, talvez desabafasse...” E, em conseqüência, no 4º quadrinho, a personagem, antes tristonha e aniquilada, começa a dançar e cantar, hilariantemente, também: “O que sinto no peito e não posso dizer. Só porque não sei chorar eu vivo triste a sofrer!”No último quadrinho, a personagem, antes altamente sofrida, sai esfuziante de alegria, dizendo: “É um barato essa nova liturgia!!! - sob o olhar sonso e irônico da graúna e grauninha, envolvendo-nos, os leitores, no “estado de espírito e do humor” delas, tracinhos de uma historinha em quadrinhos...
O que considerei também curioso é que há muito tempo eu tenho essa mania. Quando alguém fala algo que ao final lembra uma música, eu emendo cantando. No caso do “valhei-me”, por exemplo, eu já pensaria na música “Flor de Lis”, de Djavan:
“Valei-me Deus, é o fim do nosso amor
Perdoa por favor, eu sei que o erro aconteceu
Mas não sei o que fez tudo mudar de vez
Onde foi que eu errei
Eu só sei que amei, que amei, que amei, que amei
Será, talvez, que minha ilusão
Foi dar meu coração com toda força
Pra essa moça me fazer feliz
E o destino não quis
Me ver como raiz de uma flor de lis
E foi assim que eu vi nosso amor na poeira, poeira
Morto na beleza fria de Maria
E o meu jardim da vida ressecou, morreu
Do pé que brotou Maria
Nem margarida nasceu”

"O coração nas trevas (Metafísica para o crepúsculo)"


Arthur Dapieve

"Disposto a aproveitar do primeiro ao último raio de sol das férias estivais além-mar, o amigo da coluna perguntou candidamente ao porteiro do hotel: “Quando escurece aqui?” A resposta veio na mistura de humor torto e lógica implacável que nós, malandros otários d’aquém-mar, preferimos acreditar ser burrice: “Não, senhor, aqui não escurece nunca, pois quando está a escurecer, nós acendemos as luzes e, pronto, continua tudo claro.”

Lembrei-me dessa história verídica com vocação para anedota dias atrás, conforme a luz caía sobre a serra. A sede da fazenda já estava iluminada, bem como as outras casas, mas se assemelhavam, todas, a barcos iluminados e desamparados, cercados pela escuridão de alto-mar. Esse momento nunca me forneceu especial motivo para riso, mas, por alguma desrazão, senti aquele crepúsculo da semana passada como particularmente angustioso.

No lusco-fusco, quase trombei com uma amiga, que, vim a descobrir, pensava mais ou menos os mesmos pensamentos. Falou-me do sentimento de opressão que sentia no peito a cada vez que, hospedada no campo, chegava a noite, tornando luzes e sons esparsos, quando não extintos. A noite seguinte foi pior. Sozinho a perambular pelo gramado, o peso da hora ficou quase insuportável, e achei até que fosse chorar.

Minha mulher nasceu no interior de Minas, não na roça, mas numa pequena cidade da Zona da Mata. Ainda assim, ela com frequência fala da sensação de melancolia que a invade a cada pôr do sol, mesmo aqui na cidade grande. Lá na serra, a inevitabilidade da noite afinal pegou-me da forma que, creio, desde sempre a atormenta. E avistar um grande pássaro preto caminhando em silêncio pelo bambuzal não deixou o clima menos lúgubre.

Não há, porém, nada de sobrenatural no acima relatado. O medo que nossa espécie sente do escuro não foi de todo superado nem pelo pré-histórico anônimo que dominou o fogo nem por Thomas Alva Edison e sua lâmpada elétrica. Continuamos vagamente cientes de que, sim, as trevas continuam à espreita, logo adiante dos círculos de luz. Não é à toa que aquele que talvez seja o mais resistente mito grego, o do titã Prometeu, diga respeito ao roubo do fogo dos deuses do Olimpo para compartilhar com os homens cá embaixo.

Quiçá esse desconforto indefinível não seja nem tanto medo do escuro quanto do escurecer. Estará aí a chave para a angústia do crepúsculo? Com o escuro, a gente se conforma, até porque não há outro jeito. No escurecer, a gente se revolta, acha que cabe recurso, luz, injeção, coquetel de drogas. Entramos, claro, no terreno da metáfora para a morte e da metafísica em geral. Aliás, metafísica tal como desprezada por Wittgenstein: o terreno das coisas sobre as quais não podemos falar e, portanto, deveríamos calar.

Existe uma música que faz a trilha sonora dos meus crepúsculos mais tristes. É “Virgem”, de Marina Lima, dela com o irmão poeta e filósofo, Antônio Cícero, gravada pela primeira vez no LP homônimo, de 1987. Cumpre esse papel porque é exatamente na hora da morte da luz que se dá a canção: “O Hotel Marina quando acende/ Não é por nós dois/ Nem lembra o nosso amor/ Os inocentes do Leblon/ Esses nem sabem de você.”

Contudo, o mais brilhante achado da letra é logo o verso inicial, “as coisas não precisam de você”. Isso é a própria náusea sartriana em meio comprimido, o falso antídoto surgindo nos dois versos subsequentes, “quem disse que eu/ tinha que precisar?” O mal-estar que nasce da percepção de que as coisas não precisam de você _ e, subentende-se, de mim _ é precisamente o cerne do romance que o bom, então jovem e para sempre zarolho Jean-Paul publicou em 1938: “A náusea”, cujo titulo original era “Melancolia”.

Numa tarde de janeiro, que no inverno setentrional é toda crepúsculo, o personagem Antoine Roquentin, historiador de 35 anos, sente a existência cair-lhe sobre os ombros no jardim público da província. Ele descobre, aturdido, o que significa existir. A presença da copa das árvores sobre sua cabeça e das raízes delas sob seus pés se corporifica num enjoo. Roquentin sente-se num “amontoado de entes incômodos”, sem razão para estarem ali.

“Eles não desejavam existir, só que não podiam evitá-lo; era isso”, lê-se na tradução de Rita Braga para a Nova Fronteira, que preserva os itálicos do autor. “Então realizavam suas pequenas funções, devagar, sem entusiasmo; a seiva subia lentamente pelos veios, a contragosto, e as raízes se enfiavam lentamente na terra. Mas a cada momento eles pareciam a pique de abandonar tudo e se aniquilar. (...) Todo ente nasce sem razão, se prolonga por fraqueza e morre por acaso. Inclinei-me para trás e fechei as pálpebras. Mas as imagens, imediatamente alertadas, de um salto vieram encher de existências meus olhos fechados: a existência é uma plenitude que o homem não pode abandonar.”

No filme “Ricardo III _ Um ensaio”, Al Pacino cogita que tudo o que pensamos de modo desconexo já foi escrito por Shakespeare. O crítico Harold Bloom também escreveu algo assim. Só pelo Bardo, não sei, mas por alguém, como Sartre, tenho quase certeza. Ao cair da luz, as coisas se dissolvem no escuro, mas continuam ali, tão firmes quanto podem estar. O gramado, o bambuzal, os pássaros, as palmeiras, a mata circundante, os animais, eles continuam lá, no escuro, neste preciso momento. As coisas não precisam de nós."