Não destruam minha rima, que sei que desafina...
Não destruam a professora, que não é bruxa de vassoura
Não tentem abafar meu grito
Que vai daqui ao infinito
Não adianta a inveja
Que eu penso em Espanha, Moraleja
Viajo mundos, mesmo que não saia do lugar!
Não queira me desestabilizar
Quem me perder, não me ache
Não me subestime, nem me esculache
Não duvide de minha capacidade
Nenhuma síndrome tirará de mim
Cada pétala de flor de meu jardim
Minha dignidade
Vai além da minha idade
Uma cinquentenária
De memória inimaginária
Desculpe-me, eu não esqueço,
Quando ofereço uma flor
E nem me entregam em mãos,
um pequeno papel,
de grande estrago,
na cor azul...
Perco a rima, mas não perco a lembrança.
O engenheiro A luz, o sol, o ar livre envolvem o sonho do engenheiro. O engenheiro sonha coisas claras: superfícies, tênis, um copo de água. O lápis, o esquadro, o papel; o desenho, o projeto, o número: o engenheiro pensa o mundo justo, mundo que nehum véu encobre. (Em certas tardes nós subíamos ao edifício. A cidade diária, como um jornal que todos liam, ganhava um pulmão de cimento e vidro). A água, o vento, a claridade, de um lado o rio, no alto as nuvens, situavam na natureza o edifício crescendo de suas forças simples. (João Cabral de Mello Neto) |
O poema O engenheiro focaliza a função do engenheiro, que é dar forma à matéria. O substantivo é a classe que indica a corporificação da matéria representada. Por isso, na construção do poema, o autor privilegiou a seqüência de substantivos..
Como podemos perceber, há inúmeros SN com seus núcleos substantivos, determinados por artigos e pronomes, como destacamos nos quadros abaixo:
sintagma nominal | determinante | núcleo | modificador |
a luz | a | luz | |
o sol | o | sol | |
o ar livre | o | ar | livre |
o engenheiro | o | engenheiro | |
um copo d´água | um | copo | d´água |
suas forças simples | suas | forças | simples |
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