Introdução

Mãe de 3 filhos (Rodrigo, Philippe e Fernanda), avó (quatro netas: Eduarda, Mirela, Luna e Laura), Supervisora Educacional, Profª aposentada de Língua Portuguesa e Literatura Brasileira; Pedagoga e Pesquisadora, Graduada em Letras e Pedagogia e Pós-Graduada (Especialista em Língua Portuguesa e Iniciação Teológica); Mestre em Letras e Ciências Humanas. Trabalho muito, estudo bastante, adoro pesquisar, ler boas obras; folhear jornais e revistas, assistir telejornais; viajar, ir ao Shopping, utilizar a Internet. Crio algumas "quadrinhas", gosto de elaborar projetos que não sejam engavetados.

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sexta-feira, 13 de agosto de 2010

De que forma eu vejo um ambiente escolar ou espaço de educação?

Vejo de forma integrada, pessoas que buscam juntas soluções e não incutir em problemas, martelar a cabeça com martírios e queixumes. Vejo como espaço de diálogo e não de autoridade de encarar, se fazer de “desentendid@”, falar de forma dissimulada ou autoritária, olhares desdenhosos,"piadinhas", "jogar verde-para-colher-maduro", “caras e bocas” e nem tampouco de posicionar-se como superior ao outro.
Não sou superior ao aluno, aos responsáveis, aos funcionários de apoio de uma escola, à direção, às coordenações, às instituições... Não existem mais tablados nas salas de aula, pelo menos nos lugares onde já atuei; nem falamos com ninguém do alto de um trono! Estamos todos no mesmo chão. O que pode ser um pouco diferente é o tempo de vivência numa determinada especificidade da profissão ou mesmo de vida.
Vejo o ambiente escolar como um lugar do bem, sem que um fique “secando” as perspectivas e possibilidades do outro, alimentando “disse-me-disses”, reuniõezinhas secretas de “cochichos” e disfarces. Proteções mais a uns que a outros por causa de “carona”, condições sociais, vidas inventadas para impressionar, “presentinhos” e elogios mentirosos e interesseiros.
As narrativas de vida nesse espaço de educação precisam ser construídas pela dinâmica de interação, de cumprimentos sinceros, sorrisos verdadeiros, ações, reflexões e sentimentos em relação ao seu colega de atividade profissional e de vida (para ser profissional eu não vou morta e zumbizada para trabalhar; vou viva e feliz!). As relações andam muito artificiais. Muito particularizadas em direção ao próprio umbigo.
Educadores são formadores de pessoas e não de robôs. Os diálogos precisam contribuir para a edificação do outro, jamais para a destruição deste. Precisamos sempre pensar em contribuir para um melhor aproveitamento, para a construção de conhecimentos que envolvam a especificidade do outro, o respeite. Enfatizo as reflexões, sentimentos, expressões positivas para construir, como significativas para a obtenção de sentido em nossas ações. A argumentação não é estimulada nesses espaços de educação e isso é muito ruim. Só há ditadores que julgam ser os detentores da verdade e da capacidade de julgar e condenar os outros e nem deixam esses outros se expressarem.
Espaço de educação é um campo de pesquisa, onde os estudos sobre construção do conhecimento precisam ser constantes. Para isso, volto a bater na tecla: as interações precisam acontecer! Não creio que esteja escrevendo algum “surto”,dando voltas numa roda-gigante, digitando algo absurdo ou esteja sendo “sebosa” usando expressões de difícil compreensão. Não quero criar expressões novas”. Quero discutir sobre uma questão “velha” nos espaços de educação, que é a falta de interação verdadeira. As pessoas só falam, mas não agem dessa forma. Estou cansada de discurso vazio e não tolero que digam que sou de bla-bla-blá. Se eu fosse, seria conivente com um monte de coisas que não sou. Eu não sou mesmo! Se eu fosse conivente não teria ficado sem emprego. Seria conveniente ser conivente, até por causa da necessidade de ter salário para pagar as contas (que não são poucas) e sustentar a mim e meus filhos.
Segundo diz Smolka (2003), mais ou menos nessas palavras, se muitos estudos têm enfocado a interação e o discurso, discutindo as funções, a funcionalidade ou o funcionamento da linguagem no contexto escolar, o foco na argumentação, enquanto processo, recurso e atividade prática na relação de ensino, não tem sido comum, isto é, numa linguagem mais prática, "são mais as vozes que as nozes". Há muita gente "enchendo linguiça" e sendo aplaudido por algo que é só dito, mas feito que é bom, nada de concreto. Só teorias e mais teorias. A prática é outra. Cadê o respeito pelas palavras? Elas existem e têm vida! Deixo para reflexões, caso alguém leia o que escrevi.
Nesse “mais um desabafo” aqui nesse blog não pretendo aprofundar essa discussão para não dizerem que é orgulho ferido”, no entanto, este caminho de reflexão e interação no espaço educacional não acaba aqui.

SMOLKA, A.L.B., LAPLANE, A.L.F. E BRAGA, E.S.. 2003. Modos de lembrar, de narrar e de escrever: um estudo sobre as condições e possibilidades de elaboração coletiva da memória. In Reflexões sobre práticas escolares de produção de texto - o sujeito autor, orgs. Galdys Rocha e Maria da Graça Costa Val,. Vol. 1, 29-51. Belo Horizonte: Autêntica/Ceale/Fae/UFMG.

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