Introdução

Mãe de 3 filhos (Rodrigo, Philippe e Fernanda), avó (quatro netas: Eduarda, Mirela, Luna e Laura), Supervisora Educacional, Profª aposentada de Língua Portuguesa e Literatura Brasileira; Pedagoga e Pesquisadora, Graduada em Letras e Pedagogia e Pós-Graduada (Especialista em Língua Portuguesa e Iniciação Teológica); Mestre em Letras e Ciências Humanas. Trabalho muito, estudo bastante, adoro pesquisar, ler boas obras; folhear jornais e revistas, assistir telejornais; viajar, ir ao Shopping, utilizar a Internet. Crio algumas "quadrinhas", gosto de elaborar projetos que não sejam engavetados.

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Notícias

terça-feira, 13 de abril de 2010

Total aversão à injustiça.

Fica muito difícil o conformismo diante de tantas catástrofes. Indago-me se o ser humano é de fato culpado por suas tragédias. É complicado definir sentimentos diante da dor, especialmente, diante de fatalidades. Polônia, Haiti, Rio de Janeiro. O que há em comum entre essas três palavras, além de serem substantivos próprios que indicam nomes de lugares?
Têm sido observadas, inúmeras situações que nos fazem indagar ao próprio eu: o que está a acontecer com a humanidade? O mundo atravessa transformações que não são nada criativas. Queixamo-nos que há fatos extemporâneos e pouco racionais. Tentamos, infrutiferamente, entender o que acontece. Estou a digitar esse texto sem preocupar-me com a coerência e até mesmo com a coesão. Até por que, me indago, o que podemos dizer ser coerente e coeso?
O Presidente da República polaca, a mulher, altas figuras de estado, entre outras pessoas morreram quando o avião presidencial caiu num aeroporto militar russo... Meu Deus! Por que isso? Pelo que leio e pouco entendo de política, atualmente esse país transformou-se num grande pólo de negócios, o empreendedorismo de seus administradores estava evidente, apesar de ter recentemente perdido grande parte de sua mão de obra que havia seguido para outros rumos. Mas, ao que parece, essa equipe que morreu tragicamente estava trabalhando bem, em prol de grandes avanços para a alegria de seu povo. E aconteceu isso...
O Haiti , cuja população já sofria tanto, com a falta de serviços básicos, com o subemprego, com a favelização, com doenças, com tantos “cons” de coisas “contras”, adversas, lamentavelmente desumanas, causou-nos enorme sensibilidade para as dificuldades do seu povo, de toda uma precariedade do país que ainda por cima sofre a catástrofe de desastres naturais, além de tantos desastres “antinaturais”... É dor demais... São muitos ais!
Fala-se em reconstrução, mas pelo que nos chega em termos de notícias, estão lá a brigar entre si, pois julgam que uns recebem mais que outros. Imagine o que pode vir a ser desviado em termos de verbas, pois elas foram prometidas por vários países, mas sabemos que há “atravessadores de plantão” querendo plantar a mão no dinheiro destinado a tal “reconstrução”. Mas, vai a minha pergunta: reconstruir o quê? A favelização? A falta de serviços básicos? Reconstruir o cenário trágico que já havia? Alguém fala em reflorestar, efetuar transformações agrícolas, estudar aquele solo, criar formas alternativas de habitação, a exemplo do Japão, que possam ser mais resistentes a catástrofes? E a educação e saúde desse povo, o que pensam para reconstruir? O que já era precário? O que esse prefixo “re” faria antes do verbo “construir”? Parece mais "regredir", "retroagir", "reincidir"... Há tantas perguntas sem respostas! Deve ser porque a instituição (mundial) liderada “sei-lá-por-quem” considera-se no direito de tomar as decisões que julga pertinentes... Tantos robôs teleguiados por vozes que não são do além, mas que estão aquém e além de nossa compreensão.
E o Rio de Janeiro não continua lindo. A Defesa Civil da cidade informou que uma das sete maravilhas do mundo moderno teve seu acesso interditado. O nosso acesso ao Cristo, devido à instabilidade na região que conduz ao panorâmico céu da cidade, castigada pelas últimas chuvas que arrastaram casas, coisas e vidas, está fechado. E agora? Parece uma metáfora... Nosso acesso ao Cristo está interditado. Eu sofro a Polônia, o Haiti e o Rio de Janeiro dentro de mim. Eu não consigo aceitar injustiça, que o Senhor Deus me perdoe. Eu não conseguiria agir igual ao menino Chico Xavier que, no filme, vimos ter sido obrigado até a lamber as feridas dos outros, teve seus olhos sangrando de tanto escrever mensagens... E foi perseguido, desacreditado, humilhado. Considero muito triste ser mártir... Parece estranho esse término.

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