Introdução

Mãe de 3 filhos (Rodrigo, Philippe e Fernanda), avó (quatro netas: Eduarda, Mirela, Luna e Laura), Supervisora Educacional, Profª aposentada de Língua Portuguesa e Literatura Brasileira; Pedagoga e Pesquisadora, Graduada em Letras e Pedagogia e Pós-Graduada (Especialista em Língua Portuguesa e Iniciação Teológica); Mestre em Letras e Ciências Humanas. Trabalho muito, estudo bastante, adoro pesquisar, ler boas obras; folhear jornais e revistas, assistir telejornais; viajar, ir ao Shopping, utilizar a Internet. Crio algumas "quadrinhas", gosto de elaborar projetos que não sejam engavetados.

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terça-feira, 8 de setembro de 2009

Mulher e Literatura



Na foto: 1ª - a coordenadora do evento em Natal, RN, Professora Maria da Conceição Crisóstomo de Medeiros Gonçalves M Flores, que possui graduação em Letras pela Universidade Federal do Rio Grande do Norte (1993), graduação em Diplôme Supérieur d' Études Françaises - Université de Nancy II (1990), mestrado em Estudos da Linguagem pela Universidade Federal do Rio Grande do Norte (1999) e doutorado em Educação pela Universidade Federal do Rio Grande do Norte (2004). Atualmente é professora adjunta da Universidade Potiguar. Tem experiência na área de Letras, com ênfase em Literatura Portuguesa, atuando principalmente nos seguintes temas: literatura de autoria feminina, crítica feminista.
Conceição Evaristo.Nasceu em 1946, em Belo Horizonte. De origem pobre passou sua infância numa favela num barraco apertado, compartilhando o mesmo espaço com nove irmãos até que foram obrigados a se removerem devido a obras do governo estadual. A mãe se preocupava apenas com a educação da filha, fato essencial em sua vida, vindo a terminar o curso normal com 25 anos.
Trabalhavam como domésticas para as mais tradicionais famílias de Belo Horizonte sem perspectiva de continuar os estudos, somava-se a isso, o preconceito e o próprio desencorajamento da sociedade burguesa.
Segue-se abaixo um depoimento da escritora:
“Enquanto trabalhava como doméstica e após concluir o Curso Normal, eu sonhava em dar aula em Belo Horizonte. Mas aí entra uma questão seriíssima. Em 1971, não havia concurso para o magistério e, para ser contratada como professora, era necessário apadrinhamento. E as famílias tradicionais para quem nós trabalhávamos não me indicariam e nunca indicaram; não imaginavam e não queriam para mim um outro lugar a não ser aquele que "naturalmente" haviam me reservado. Houve mesmo uma patroa de minha tia, numa casa em que eu ainda menina e já mocinha ia fazer limpeza, lavar fraldas de bebês, ajudar nas festas, entregar roupas limpas e buscar as sujas, que fez a seguinte observação: Maria, não sei porquê você esforça tanto para a Preta estudar!”
Maria consegue, com muito esforço e dedicação ir ao Rio de Janeiro onde realiza prova de concurso público para ingressar no magistério e passa, vindo a tornar-se discente do curso de Letras devido a sua paixão pela Literatura, pois sempre fora ledora árdua de Jorge Amado, José Lins do Rego, Guimarães Rosa, Drummond e, principalmente, Carolina Maria de Jesus, autora com a qual sempre é comparada, devido às origens. Estas e tantas outras influências subsidiaram-lhe o exercício literário, principalmente no que condiz sobre a Literatura como arma de lutas sociais.
1980 marca uma série de movimentos sociais que reivindicam melhor tratamento aos afrodecendentes, assim como uma tentativa de revitalizar a cultura / costumes. Para tanto, em SP, Maria da Conceição participa com contribuições literárias da série Cadernos Negros, no entanto a autora vem apenas a participar do movimento em 1990, época do 13º número da revista. Porém, sua estréia fora bem aplaudida e o poema, considerado um manifesto da voz feminina e merorialista.
3ª - A outra pessoa na foto, eu! Terezinha Fatima!

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