Introdução

Mãe de 3 filhos (Rodrigo, Philippe e Fernanda), avó (quatro netas: Eduarda, Mirela, Luna e Laura), Supervisora Educacional, Profª aposentada de Língua Portuguesa e Literatura Brasileira; Pedagoga e Pesquisadora, Graduada em Letras e Pedagogia e Pós-Graduada (Especialista em Língua Portuguesa e Iniciação Teológica); Mestre em Letras e Ciências Humanas. Trabalho muito, estudo bastante, adoro pesquisar, ler boas obras; folhear jornais e revistas, assistir telejornais; viajar, ir ao Shopping, utilizar a Internet. Crio algumas "quadrinhas", gosto de elaborar projetos que não sejam engavetados.

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terça-feira, 30 de agosto de 2011

Li, gostei, concordo, parcialmente; bom para pensar; (re) publico aqui.

O título dessa postagem refere-se a um texto que li. Eu gostei desse texto. Ele não é um texto de minha autoria. Não estou me "endeusando". Aliás, isso não é típico de minha pessoa e nem gosto, também, de "ph deuses", pessoas que gostam de séquitos ou que sejam os próprios seguidores, em busca das bolsas perdidas. Têm que sujeitar-se a cada coisa... 
Sabe aquelas pessoas que acham que sabem mais que os outros? E humilham, debocham, divertem-se com a cara de otário que muitas vezes somos obrigados a fazer, de tanta calhordice/canastrice que se vê? Pois, é! E agora, José? Não, a festa não acabou!  É uma festa de miríades! De pessoas que se acham  estrelas de primeiríssima grandeza. Não fazem por menos. " Festa estranha, com gente esquisita... ´Eu não 'tou' legal, não aguento mais birita´...  
Mas, nesse mundão de Meu Deus, há quem se alimente de hipocrisia... Ah, só eu sei o porquê de estar cá a escrever isso. Mas, mesmo assim, prossigo: considero um porre gente " que se acha"  e ainda se acha no direito de esculachar, esculhambar os outros! Sinceramente, dá engulhos! Por isso, recomendo a leitura do texto que segue e que encontrei em :
O Problema da Literatura Brasileira
 
http://www.portalliteral.com.br/artigos/o-problema-da-literatura-brasileira

No Brasil, escritor bom é escritor morto. Daí fazem novela com seus romances, e os governantes publicam seus livros de graça, para as crianças serem obrigadas a decorar alguns versos (ainda me lembro da minha infância: "tinha uma pedra no meio do caminho" era minha tabuada de português).

No Brasil, escritor bom é que publica pela Companhia das Letras, pela Objetiva, pela Record, pela Rocco, pela Sextante, pela Brasiliense, ou pela Novo Século, porque o resto é tudo pago.

No Brasil, escritor de verdade é quem ganha o Jabuti, o Juca Pato, o Asabeça, o Portugal Telecom, o Cruz e Souza, e Paulista de Literatura, o Prêmio da Academia Brasileira de Letras e também até aquele ralinho da UBE.

No Brasil, pode-se listar menos de dez escritores que se encaixam nestes padrões até agora descritos. Três destes estão (ou parecem estar) aqui no Portal Literal (Zuenir Ventura, Lygia Fagundes Telles e Rubem Fonseca)... embora este site tenha mais de 1000 e o Autores.com.br tenha mais de 4.000 publicantes registrados (é só ir lá na lista de membros e ver) e além de outros sites de autopublicação.

No Brasil, existe uma fila de escritores desempregados chamada: Mesa do Editor, onde os escritores ficam um ano esperando que algum editor se interesse em ao menos ler uma sinopse de sua obra, e só os que respondem são os editores daquelas editoras mercenárias, que cobram para publicar e dizem estar "realizando o sonho do autor".

No Brasil, não basta escrever bem... tem que ter ainda padrinhos nos jornais (para fazer uma notinha sobre um lançamento do livro), nas revistas (para ser destaque num canto de página qualquer), nas universidades (para ser tese de mestrado e ter adolescentes espinhudos comprando seus livros para estudar... obrigados!)...

No Brasil, é vergonhoso se dizer escritor sem ir no Programa do Jô. É vergonhoso se matar durante um ano para reunir alguns poemas ou escrever um romance e ter que ficar mandando originais para Deus e o mundo, SEM NEM AO MENOS TER FÉ NA PUBLICAÇÃO E SEM ESPERAR QUE OS EDITORES DIGAM OS MOTIVOS QUE OS FIZERAM "NÃO PUBLICAR" SEU LIVRO. É vergonhoso saber que um professor, só por ser professor... e mesmo se for de matemática... tem já um requisito a mais do que um cara que só sabe escrever boas histórias e mostrar a alma humana com as mais profundas palavras.

No Brasil... um país que ainda precisa ser alfabetizado e que precisa fazer isso às custas de sua literatura interna, mas que só o faz de best sellers estrangeiros (Eclipse, Crespúsculo, Harry Potter, o Código Da Vinci e outras idiotices sem profundidade e conhecimento algum além de entretenimento)... Brasil... este é o país que fazemos: com escritores publicando pela internet e uma meia dúzia de velhos barrigudos, formados e publicados pelas grandes editoras... que não vendem nada (nem mil exemplares), mas que ainda são grandes (são disputados como em licitação), e os únicos verdadeiros escritores, segundo os jornais, as revistas e os meus professores do curso de jornalismo.

Desculpe... estou enojada com a literatura brasileira... que não abre os braços para os nossos novos escritores, mas sim para uma mulher que sonhou com vampiros e escreveu um livro... ou um outra devaneante que imaginou um jovem bruxo... e até com um idiota que acha que Jesus teve filhos e que talvez... que ele era mulher.

A literatura brasileira está ridicularizada... e quem faz isso é somente os leitores e os professores... que enterram ela, ensinando somente o passado.

A Acadenia Brasileira de Letras é um cemitério de dinossauros que publicaram, cada um, quarenta livros que nós nem sabemos o nome.

Nas escolas aprendemos somente a odiar a literatura... aquela porcaria antiquada, cheia de palavras difícieis do passado... ou outras porcarias do presente, cheias de palavrões, violência e sem nexo ou profundidade alguma para a existência humana.

Ah... já ia me esquecendo: No Brasil poeta só aparece na Época para falar do filho problemático... e só faz a diferença se lança algum "ISMO": Concretismo, Simbolismo... Realtragismo...

Desculpe: estou realmente enojada com a literatura. Estou condenada a ler escritores mortos.

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