Introdução

Mãe de 3 filhos (Rodrigo, Philippe e Fernanda), avó (quatro netas: Eduarda, Mirela, Luna e Laura), Supervisora Educacional, Profª aposentada de Língua Portuguesa e Literatura Brasileira; Pedagoga e Pesquisadora, Graduada em Letras e Pedagogia e Pós-Graduada (Especialista em Língua Portuguesa e Iniciação Teológica); Mestre em Letras e Ciências Humanas. Trabalho muito, estudo bastante, adoro pesquisar, ler boas obras; folhear jornais e revistas, assistir telejornais; viajar, ir ao Shopping, utilizar a Internet. Crio algumas "quadrinhas", gosto de elaborar projetos que não sejam engavetados.

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sexta-feira, 2 de abril de 2010

Equívocos em série

* Aulas perdidas, desrespeito à diversidade cultural, social, histórica; desrespeito às questões de gênero, identidade, cidadania e à liberdade religiosa... Aqui, os dez erros mais comuns nas festas escolares.

Fonte de pesquisa: Revista Nova Escola, Edição 213 | Junho 2008,
com base em orientações de Julia Priolli (gestao@atleitor.com.br).




Ilustração: Walter Vasconcelos

Durante o ano, temos 11 feriados nacionais - na média de um a cada cinco semanas -, um monte de datas para lembrar pessoas (Dia do índio, Dia das Mães, dos Pais, das Crianças...) e fatos históricos (Descobrimento do Brasil, Proclamação da República). Sem contar os acontecimentos de importância regional. Nada contra eles. O problema é que muitas vezes a escola usa o precioso tempo das aulas para organizar comemorações relacionadas a essas efemérides. O aluno é levado a executar tarefas que raramente têm relação com o currículo. Muitos professores acreditam que estão ensinando alguma coisa sobre a questão indígena no Brasil só porque pedem que a turma venha de cocar no dia 19 de abril – o que, obviamente, não funciona do ponto de vista pedagógico.

Festas são bem-vindas na escola, mas com o simples – e importante – propósito de ser um momento de recreação ou de finalização de um projeto didático. É a oportunidade de compartilhar com os colegas e com os familiares o que os alunos aprenderam (leia mais no quadro abaixo). No entanto, não é isso que se vê por aí. A seguir, os dez principais equívocos dos eventos escolares.

1. O desnecessário vínculo com efemérides

Essa palavra estranha tem origem na astronomia e dá nome a uma tabela que informa a posição de um astro em intervalos de tempo regularmente espaçados. No popular, o termo é usado no plural e significa a sequência de datas lembradas anualmente. Algumas têm dia fixo (Independência, Bandeira); outras, não (Carnaval, Dia das Mães). Até aí, nada de mais. O problema é quando a escola usa tudo isso como base para montar o currículo. "Planejar o ano letivo seguindo efemérides desfavorece a ampliação de conhecimentos sobre fatos e conceitos", afirma Marília Novaes, psicóloga e uma das coordenadoras do programa Escola que Vale, de São Paulo.

Exemplo? Dia do Índio. A lembrança não envolve estudos sobre as questões social, histórica e cultural das nações indígenas brasileiras. Para haver aprendizagem, é preciso muita pesquisa e mais do que um dia festivo.

Outro caso? Folclore. A escola é invadida por cucas, sacis e caiporas em agosto, já que o dia 22 é dedicado a ele por decreto. Ora, se o planejamento prevê o uso de parlendas e trava-línguas durante o processo de alfabetização e de estruturas narrativas, no ensino de Língua Portuguesa, que tragam informações sobre tradições, crenças e elementos da cultura popular, isso basta para que o tema seja tratado em qualquer época.

Sem contar os tópicos cuja expressividade é questionável (Semana da Primavera) ou controversa, como o Dia dos Pais e o das Mães: "Enfatizar datas comerciais como essas é ignorar as mudanças no perfil da família brasileira, que nem sempre conta com as duas figuras em casa", completa a psicóloga.



FOLCLORE O ANO INTEIRO: Quer saber o que pode ser considerado folclore e rever algumas práticas relacionadas a ele nas escolas?

Folclore é mais do que se imagina.

Em geral tratado de forma preconceituosa ou limitada, o folclore é uma área de saberes e expressões que merece muito mais reflexão na hora de ser abordado na escola.

Thais Gurgel (Thais Gurgel), colaborou Paula Monteiro.

No calendário, o folclore tem data marcada para ser lembrado: dia 22 de agosto. E na vida das pessoas, quando ele acontece? Ter clareza sobre essa questão é o primeiro passo para trabalhar na escola as manifestações e a importância da cultura popular tradicional.

Não raro, o folclore costuma resumir-se nas salas e pátios escolares à comemoração de seu dia, quando são relembradas lendas como a da Iara, do Saci Pererê, do Curupira, entre outras. Como geralmente não se articulam em projetos ou sequências didáticas nem fazem parte do dia-a-dia da instituição, a percepção das crianças em relação ao que é, de fato, a cultura popular tradicional fica muito aquém do que essa área de saberes e expressões tem a oferecer. E, para piorar, o mais comum é que suas manifestações acabam sendo tratadas na escola de maneira preconceituosa – como algo inferior em termos de conhecimento.

O folclore diz respeito à vida de cada um de nós, já que pertencemos a grupos sociais que levam adiante costumes, saberes e valores. Da mais simples receita culinária ao mais complexo ritual de casamento, tudo é compartilhado por um grupo e levado adiante com o passar do tempo e das gerações. Isso acontece somente por uma razão: essas tradições continuam a fazer sentido, inclusive para os mais jovens.

2. O desrespeito à liberdade religiosa

Dos 11 feriados nacionais, cinco têm origem no catolicismo (Páscoa, Corpus Christi, Nossa Senhora Aparecida, Finados e Natal). As escolas que seguem essa religião lembram as datas. O problema é que as escolas públicas também. Segundo a Constituição da República, o Brasil é um Estado laico, ou seja, sem religião oficial. Porém, em quase todas as unidades de ensino há algum tipo de comemoração: as crianças da Educação Infantil (não importa se têm ou não religião) se fantasiam de coelhinho e pintam ovos em papel. No fim do ano, uma árvore de Natal, com bolas e luzes, é montada na recepção ou no pátio. Segundo o censo realizado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística nos anos 1990, a maioria da população brasileira (73%) é católica. Mas uma escola inclusiva não esquece que os filhos dos 15% de evangélicos e dos 12% de seguidores de outros cultos ou não pertencentes a um deles também estão na sala de aula, certo? Para Renata Violante, consultora pedagógica do Instituto Sangari, em São Paulo, os educadores não podem dar a entender que uma religião é superior a outra (quais são mesmo as datas importantes para espíritas, judeus, budistas, islâmicos e tantos outros?). Existem espaços próprios para cultos. Definitivamente, a escola não é um deles.

As festas juninas são um caso à parte: elas se tornaram uma instituição e perderam o vínculo religioso. O enfoque folclórico, resgatando alguns hábitos e brincadeiras e a culinária do homem do campo, torna-as mais democráticas.

3. A confusão entre o currículo e o tema da festa

A festa não ter relação com o currículo é um problema. Mas outro tão grave quanto é usá-la como pretexto para ensinar. "Já que temos de fazer bandeirinhas para enfeitar barraquinhas, então vamos aproveitar para ensinar geometria", pensam alguns professores bem-intencionados, esquecendo que um ensino eficiente requer planejamento, avaliação inicial e contínua e uma seqüência lógica que leve à construção do conhecimento. É como se, de repente, estimar a quantidade de pipocas no saquinho virasse conteúdo de Matemática.

4. O mau uso das poucas horas dedicadas às aulas de Arte

Não raro, o espaço que seria utilizado para essa disciplina é convertido em oficina de enfeites. Para colocar o aluno em situação de aprendizagem, é papel do professor de Arte propor atividades que favoreçam o percurso criador. "A subjetividade não pode ser ofuscada pelo sentido objetivo e funcional do ornamento, com caráter unicamente estético", afirma José Cavalhero, coordenador pedagógico do Instituto Rodrigo Mendes, em São Paulo. Na confecção de bandeirinhas, por exemplo, as crianças são orientadas a seguir um modelo preestabelecido sem dar espaço a suas marcas pessoais nem enfatizá-las. O modelo, que serviria apenas como referência para a elaboração de outras possibilidades, vira matriz para cópias – e a arte é um procedimento mais abrangente do que isso. A produção do estudante deve ter um propósito maior do que atender à expectativa do professor. "Caso a ocupação do ambiente festivo seja encarada como uma instalação ou intervenção artística, aí, sim, o aluno aprende em Arte", afirma Cavalhero.

5. A estereotipação dos personagens

Caipira com dente preto e roupas remendadas em junho, cocares e instrumentos de percussão em meados de abril. Esses estereótipos não correspondem à realidade. Homens e mulheres que moram no interior não se vestem dessa maneira, e os índios brasileiros vivem em contextos bem diferentes. "É inconcebível se divertir com base em elementos que remetem à humilhação e à ridicularização do outro", diz Mario Sérgio Cortella, filósofo da Pontifícia Universidade Católica de São Paulo. Em sua opinião, essas práticas destoam da intenção educativa acolhedora e pluralista, pois, toda vez que se trata o outro com estranhamento, se promove a idéia de que há humanos que valem mais e outros, menos. "Quadrilha, sim, mas sem maquiagem nem fantasias grotescas que humilhem o homem do campo", completa Cortella.

6. A obrigatoriedade da participação

"Professora, não quero dançar", diz um. "Tenho vergonha de falar na frente de todo mundo", avisa outro. Quem já não ouviu essas frases dias antes de um evento escolar? Quando a festa nada tem a ver com a aprendizagem, os alunos não são obrigados a participar. Nesses casos, é proibido causar qualquer tipo de constrangimento a eles. Cabe ao professor colocar pouca ênfase nos momentos não relacionados ao aprendizado. "Imagine o que uma criança sente quando é colocada à força no meio da quadrilha. É uma atitude desrespeitosa com os sentimentos e a individualidade dela", afirma Maria Maura Barbosa, do Centro de ocumentação para a Ação (Cedac), de Paraupebas, a 700 q uilômetros de Belém. Ela afirma ainda que alguns pais optam por não se envolver por razões financeiras. "Quem não tem condição de arcar com uma fantasia para os filhos fica envergonhado e não participa. Fala-se tanto em inclusão, mas as festas às vezes excluem."

7. A finalidade incerta dos recursos arrecadados

Pequenas reformas, mobiliário novo, material pedagógico... Quando a verba que vem da secretaria não dá para comprar tudo, pensa-se em festa para arrecadar fundos. A comunidade é convidada, participa, gasta, e muitas vezes não fica sabendo o destino dos recursos. Pior, às vezes o dinheiro que seria usado na ampliação da biblioteca ou na compra de computadores vai para outro fim. A solução é divulgar o objetivo da iniciativa e prestar contas quando o bem for adquirido. Em tempo: a arrecadação sempre aumenta quando bebidas alcoólicas são vendidas. Renata Violante não acredita em meio-termo: "A bebida deve ser proibida. Os diretores que inventem outras maneiras de obter mais dinheiro".

8. O objetivo principal ser apenas atrair os pais

Eles não costumam ir às reuniões, não conversam com os professores sobre o avanço dos filhos e mal conhecem a escola. Os diretores pensam: "Quem sabe, para se divertirem, os pais venham até nós". Embora os momentos de confraternização com os familiares sejam importantes, eles não devem ser a única maneira de envolvê-los. Reuniões marcadas com antecedência e planejadas para compartilhar o processo de aprendizagem e a produção intelectual, artística e esportiva das crianças são as iniciativas que exibem os melhores resultados quando o objetivo é atrair e conquistar as famílias.

9. A única maneira de socializar a aprendizagem

Um dos objetivos da escola deve ser exibir a produção intelectual e artística do aluno, principalmente aos pais, nas mais variadas ocasiões. Fazer uma festa é apenas uma possibilidade, por isso não deve ser usada em excesso. Geralmente, o caráter de recreação costuma dificultar a apresentação dos saberes. "Já feiras e exposições favorecem o foco no conhecimento e permitem ainda situações de comunicação oral formal, importante maneira de compartilhar o aprendizado", explica Maura Barbosa, do Cedac. Exemplos: um seminário sobre um conteúdo trabalhado em Ciências ou um sarau de poesia. (E, depois disso tudo...)

10. O precioso tempo jogado fora

Usar a sala de aula ou o período que deveria ser dedicado a atividades pedagógicas para os preparativos é um desrespeito com as crianças e com o compromisso que a escola tem de ensinar. "O diretor raramente investe na reflexão sobre os indicadores de aprendizagem dos alunos o mesmo tempo que gasta com a produção dos eventos. O professor, por sua vez, deixa de promover situações intencionais de ensino", afirma Maura. Se a festa não é concebida como maneira de contextualizar os conteúdos aprendidos, ela deve ser organizada sempre em horários alternativos aos das aulas.
Mas, aí entra uma questão: quem virá nos horários alternativos orientar ou participar desses ensaios? Há professores que se omitem e na hora da festa querem "aparecer". E, como há direções que fazem a popular "vista grossa"... Já sabemos o fim dessa "festa"... No final, como sempre, quem mais trabalha, "dança"...

Tem de ter festa!

Ninguém é contra festas, desde que elas sejam para recreação pura e simples ou uma maneira de socializar o aprendizado. As do primeiro tipo podem envolver todos e ser muito divertidas, desde que não ocupem o tempo de sala de aula na organização. Já as que são planejadas para finalizar o estudo de determinado conteúdo exigem muito preparo. Quando o evento faz parte do projeto didático, o tema precisa ser previsto no currículo (e é dispensável a relação com efemérides) e nada mais justo do que usar o tempo de sala de aula para a sua produção (que também envolve aprendizado). Antes de bolarem o evento junto com o professor, os alunos certamente serão convidados a pesquisar, levantar hipóteses, realizar diversos tipos de registros e trocar conhecimentos com os colegas. Já que a festa é uma das etapas do processo, fica proibido deixar alguém de fora. Se um aluno não quiser participar por qualquer motivo, cabe ao professor envolvê-lo e ajudá-lo a superar as dificuldades que surgirem, seja em relação a timidez, seja em relação a habilidades de comunicação.

sexta-feira, 19 de março de 2010

Um livro esgotado, que procurei muito!

Merece registro, após busca em inúmeras livrarias, sites na Internet, Sebos... Enfim, uma obra importante para o avanço de minhas pesquisas! Registrado, em diferentes ângulos, leituras, reescrituras, análises, avaliações e a tudo que uma pesquisadora empenhada em fazer o melhor possível pela investigação compromissada e responsável com a Educação, com todo o profissionalismo, tem direito! Eis o livro!



Vamos fazer uma leitura atenta sobre a importância desse recurso indispensável ao trabalho do Professor e da Professora que observam as transformações pelas quais passam a educação e a formação de valores de nossas crianças, pré-adolescentes, adolescentes e jovens, num universo de informações cada vez mais acelerado, com modificações e acontecimentos que urgem ser pontuados e discutidos. Não há crescimento sem fortificarmos não apenas o corpo físico com alimentos e nutrientes para seu crescimento saudável, mas precisamos fortalecer ideias. Sem elas e o bom uso que com elas nos relacionamos com nossos semelhantes, nossas vivências estariam a mercê de "espertalhões" que nutrem-se de usurpar o outro. Alteridade não é isso! Precisamos construir um mundo mais fraterno e realmente justo.



A leitura nos oportuniza o contato com as diferentes ideologias. Revigorados com o senso crítico, o dom da palavra e a pureza de pensamentos bons, ideias claras, produtivas, dinamismo nas atitudes, acolhimento das diferenças que nos enriquecem na qualidade de pessoas humanas, podemos sim, construir um mundo efetivamente melhor. Chega de discursos vazios, elaborados para impressionar e práticas tão irrelevantes às necessidades e respeito humanos.



As expressões, "valor", determinação de valor, escala de valores, valoração passaram a ser bastante requisitadas na linguagem do cotidiano. Isto porque o homem moderno, devido ao acúmulo de experiências, descobertas e inovações, vê abrir-se um leque muito vasto de opções em todos os campos de sua atividade. Como se impõe uma escolha diante das múltiplas possibilidades, ele tem que ponderar o significado e a importância de cada uma.



Nâo é à toa que "pesar" e "pensar" têm a mesma origem etimológica: Pensar é pesar as atitudes e decisões. Ao pesá-las e pensá-las, determina-se sua importância, estabelecendo-se assim a escala de valores daquilo que se pretende escolher. A determinação dessa escala de valores é o que chamamos de avaliação.
Como fazemos avaliações na vida nossa de cada dia, somos sempre avaliadores leigos (não profissionais) dos fatos cotidianos. E do bom senso que presidir a construção desta escala de valores vai depender o êxito de nossas ações.



Viver é também saber ler livros e saber escolhê-los! Cada livro, bem lido, nos ajuda a interpretar, tomar decisões, construir o próprio conhecimento intelectual. Mas, o que seria "ler bem"? É saber refletir sobre o que se lê. Ler um trecho e pensar sobre o que foi lido. Extrair ensinamentos, elaborar conclusões. O que de útil aquela leitura apresenta. Que informações novas e enriquecedoras para a bagagem cultural se obtém. A leitura pode contribuir também para fazer opções mais eficazes. Uma leitura "pede" outras leituras que se intercomplementam.

quarta-feira, 17 de março de 2010

Nossa Língua Portuguesa

Em conversa com amigas, comentávamos sobre a proliferação de cursinhos de Língua Portuguesa, porém, não para estrangeiros que desconhecem o idioma, mas para brasileiros mesmo! Uma delas ficou perplexa e, boquiaberta, questionou: “Como pode uma coisa dessas?"
Fiquei matutando... Meu Deus, realmente...! Esse pessoal vai para cursinho aprender macetes para passar em vestibulares, em concursos e tal. Ficam robotizados, mas na verdade não aprendem nada... É algo automatizado, "embrulha e manda", para efeito imediato, um paliativo. Depois que são aprovados e precisam exercer suas respectivas funções ficam parecendo umas lesmas grávidas, sem iniciativa, e daí o serviço não rende, as coisas não acontecem; até as leis ficam truncadas; as informações não são bem compreendidas!Se não cuidam do próprio aprendizado, vão cuidar do que mais? Lembro algumas frases:

“Todo mundo 'pensando' em deixar um planeta melhor para nossos filhos... Quando é que 'pensarão' em deixar filhos melhores para o nosso planeta?”

“Uma criança que aprende o respeito e a honra dentro de casa e recebe o exemplo vindo de seus pais, torna-se um adulto comprometido em todos os aspectos, inclusive em respeitar o planeta onde vive...”

Se não respeitam o próprio idioma, coitadinho do planeta! Voltamos às máximas do ENEM, que todo ano são comentadas em vários sítios da Internet!

Uma das amigas, que se chama Eliane Bonotto, formada em Biologia e Administração de Empresas, fez Inglês e Aliança Francesa; é também telefonista aposentada da Embratel. Eliane diz que tudo isso é reflexo da inversão de valores absurda que estamos vivendo. E Eliane começa uma tentativa de entender o que vem acontecendo há tempos:
- Isso é fruto de muitas origens... – diz Eliane. - Dos programas medíocres veiculados na TV, a desagregação paulatina das famílias, o consumismo exasperado, a falta de respeito pelo próximo, enfim, a falta de educação de berço.

Ela continua:
- O que eu vejo é o seguinte: Há pessoas que gostam quando as chamam de formadoras de opinião, mas não querem nem pensar em agir, se movimentar, tentar fazer algo para minimizar a situação calamitosa do ensino brasileiro. Mais tarde, serão estas mesmas pessoas que sairão em passeatas pela orla do Rio com camisetas pretas para exigir providências dos governantes. Mas que governantes? Governo não é aquela instituição que serve para eles reclamarem ad nauseam?

Quem é essa elite que forma opinião? É um bando de gente que só sabe rezar o Pai Nosso até o "venha a nós", porque ao "vosso reino, nada". Gente vazia, omissa, com medo de dizer o que pensa verdadeiramente. Um bando de bajuladores do que ou de quem estiver no poder.

Eliane prossegue: "Aí, eu te pergunto: quando o pessoal entra na universidade 'esquece' a língua portuguesa? Alguns calouros do curso de engenharia ou de física dirão que a língua portuguesa não lhes é tão importante quanto a matemática. Muito bem, então eles podem também se dar ao luxo de descartar a geografia, a história, a química. É isso?

Por que um aluno de letras não deixa de lado a matemática? Porque ela está presente em todos os dias das nossas vidas? Perfeito. E a língua portuguesa, não está"?

Eliane ainda me diz:

- Terezinha Fatima, essas apostilas de um "cursinho" de português para brasileiros analfabetos funcionais é a negação de todo o seu trabalho e dedicação, assim como o de suas colegas de profissão. O que fazer, então com estas pessoas? O mesmo MEC que deixou passar a aprovação automática de alunos é que deveria saber.O que me preocupa é, se estes cursos estão funcionando naturalmente, é porque está aprovado pelo MEC, correto? Então, vamos sucatear a educação no país, mais do que ela já está esmagada de tantas pancadas para, em seguida, proliferarem Brasil afora, cursinhos de matemática, história, geografia, será isso?

Ou ainda, para que um aluno vai se preocupar em freqüentar as salas de aulas na escola, normalmente, se mais tarde, caso ele precise, basta pagar um cursinho de determinada matéria?

Comentei, então:

- Eliane e demais amigos que venham a ler esse tópico,

Lamentavelmente, a qualidade do ensino vem sendo prejudicada em inúmeros aspectos. Sob a alegação de que é antididático cobrar-se leitura e dar nota, fazer prova de livros de literatura infanto-juvenil, fazer testes de conteúdos gramaticais e tantas outras "inovadoras", psico isso e aquilo, formas de ensino-aprendizagem, quem perde é a educação de qualidade. Só se observa a quantidade. Discursa-se uma coisa e age-se de outra forma completamente contrária. Há uma "falsidade" contaminando os ambientes que deveriam ser de formação de valores de vida. Por isso, decepcionamo-nos e isso é ruim. Ruim para o exercício da profissão, ruim para nossa mente, nossa formação de pessoa humana... Mas, na qualidade de profissionais que somos, temos consciência de que o Brasil precisa enfrentar esse desafio do analfabetismo funcional, que é um fato. Isso não é culpa da "escola da Tia Teteca", tal qual dizem uns debochados, metidos a hilários. Como se isso fosse brincadeira.

O chamado analfabetismo funcional, que atinge 25% da população com mais de 15 anos, de acordo com a última Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad), do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE),em geral, define aquele que lê e escreve frases simples, mas não é capaz de interpretar textos e colocar idéias no papel. Não sou eu, a Terezinha Fatima, que está dizendo isso. Está em qualquer fonte competente que pode ser acessada.

O IPM, que é um braço do Ibope, criou em 2001 o Indicador de Analfabetismo Funcional (Inaf), em parceria com a organização não governamental Ação Educativa. O índice mede os níveis de analfabetismo funcional na população entre 15 e 64 anos. Para isso, de dois em dois anos, são aplicados testes e questionários para + ou - duas mil pessoas em todas as regiões do País.

O ENEM tem revelado absurdos apavorantes. Parecem piadas, mas infelizmente ocorrem...
Apresento alguns exemplos extraídos do Enem 2009 que teve, na redação, a proposta de candidatos escreverem sobre Aquecimento Global e, como acontece todo ano, não faltaram " preciosidades ". Eis algumas:


1) “o problema da Amazônia tem uma percussão mundial. Várias Ongs já se estalaram na floresta.” (percussão e estalos. Vai ficar animado o negócio)

2) “A amazônia é explorada de forma piedosa.” (boa)

3) “Vamos nos unir juntos de mãos dadas para salvar planeta.” (tamo junto nessa, companheiro. Mais juntos, impossível)

4) “A floresta tá ali paradinha no lugar dela e vem o homem e créu.” (e na velocidade 5!)

5) “Tem que destruir os destruidores por que o destruimento salva a floresta.” (pra deixar bem claro o tamanho da destruição)

6) “O grande excesso de desmatamento exagerado é a causa da devastação.” (pleonasmo é a lei)

7) “Espero que o desmatamento seja instinto.” (selvagem)

8 ) “A floresta está cheia de animais já extintos. Tem que parar de desmatar para que os animais que estão extintos possam se reproduzirem e aumentarem seu número respirando um ar mais limpo.” (o verdadeiro milagre da vida)

9) “A emoção de poluentes atmosféricos aquece a floresta.” (emocionante essa)

10) “Tem empresas que contribui para a realização de árvores renováveis.” (todo mundo na vida tem que ter um filho, escrever um livro, e realizar uma árvore renovável. E o plural?)
11) “Animais ficam sem comida e sem dormida por causa das queimadas.” (esqueceu que também ficam sem o home theater e os dvd’s da coleção do Chaves)

12) “Precisamos de oxigênio para nossa vida eterna.” (amém)

13) “Os desmatadores cortam árvores naturais da natureza.” (e as renováveis?)

14) “A principal vítima do desmatamento é a vida ecológica.” (deve ser culpa da morte ecológica)

15) “A amazônia tem valor ambiental ilastimável.” (ignorem, por favor)

16) “Explorar sem atingir árvores sedentárias.” (peguem só as que estiverem fazendo caminhadas e flexões)

17) “Os estrangeiros já demonstraram diversas fezes enteresse pela amazônia.” (o quê?)

18) “Paremos e reflitemos.” (beleza)

19) “A floresta amazônica não pode ser destruída por pessoas não autorizadas.” (onde está o Guarda Belo nessas horas?)

20) “Retirada claudestina de árvores.” (Credo!)

21) “Temos que criar leis legais contra isso.” (bacana)

22) “A camada de ozonel.” (Chris O’Zonnell?)

23) “a amazônia está sendo devastada por pessoas que não tem senso de humor..” (a solução é colocar lá o pessoal da Zorra Total pra cortar árvores)

24) “A cada hora, muitas árvores são derrubadas por mãos poluídas, sem coração.”(para fabricar o papel que ele fica escrevendo asneiras)

25) “A amazônia está sofrendo um grande, enorme e profundíssimo desmatamento devastador, intenso e imperdoável.” (campeão da categoria “maior enchedor de lingüiça)

26) “Vamos gritar não à devastação e sim à reflorestação.” (NÃO!)

27) “Uma vez que se paga uma punição xis, se ganha depois vários xises.” (gênio da matemática)

28) “A natureza está cobrando uma atitude mais energética dos
governantes” (red bull neles – dizem as árvores)

29) “O povo amazônico está sendo usado como bote xpiatório” (ótima)

30) “O aumento da temperatura na terra está cada vez mais aumentando.” (subindo!)

31) “Na floresta amazônica tem muitos animais: passarinhos, leões, ursos, etc.” (deve ser a globalização)

32) “Convivemos com a merchendagem e a politicagem.” (gzus)

33) “Na cama dos deputados foram votadas muitas leis.” (imaginem as que foram votadas no banheiro deles)

34) “Os dismatamentos é a fonte de inlegalidade e distruição da froresta Amazônia” (oh, My God)!

35) “O que vamos deixar para nossos antecedentes?” (dicionários)

36) - Lavoisier foi guilhotinado por ter inventado o oxigênio. (Já imaginou?)

37) - A harpa é uma asa que toca. (Imagine a definição para Trombone de Vara...)

38) - O vento é uma imensa quantidade de ar. (Não tinha pensado nisso...)

39) - O terremoto é um pequeno movimento de terras não cultivadas.
(Só faltou completar que esse movimento é um braço armado do MST!)

40)"O nosso am biente ele estava muito estragado e muito poluido por causa que, os outros não zelam pelo ar puro." (Esse deve lembrar disso sempre que está no Show do Planet Hemp)

41)"O serumano no mesmo tempo que constrói também destrói, pois nos temos que nos unir para realizarmos parcerias." (Nossos encontros e desencontros, Meu Deus!)...

42)"Vamos mostrar que somos semelhantemente iguais." (Leia a Bíblia...)

43) "...agir de maneira inesperável." (Háaa gente! Esse foi por pouco né?)

44) "...eles matam não somente aves mas também os desmatamentos de animais também precisam acabar."

45) "morrem queimados e asfixiciados." (Esse é um jumento, mas tem coração!)

46) "Hoje endia a natureza..." (Pelo menos ele não usou m, e sim n, porque m só antes de p e b, não é mesmo? Muito bem!)

47) "No paíz enque vivemos, os problemas cerrevelam..." (Outro erro acertado, ele usou 2 erres! Muito bem!)

48) "...menos desmatamentos, mais florestas aborizadas." (Concordo! De florestas não arborizadas, basta o sertão nordestino!)

49) "...provocando assim a desolação de grandes expécies raras." (Voces não sabiam que os animais também tem depressão? Quanto ao resto, não tem como justificar!)

50) "O que é de interesse de todos nem sempre interessa a ningém individualmente." (Senhor...)!

Parece incrível, mas é verdade...

Após uma aula expositiva, com exemplos, parte lúdica, chamando alunos ao quadro, etc...Eu passei no quadro uma frase, mais ou menos como a que segue, para que os alunos justificassem o uso dos porquês:

*Por que há alunos que não questionam quando não sabem o porquê de algum fato de nossa língua? Porque muitos preocupam-se com colegas que riem das perguntas dos outros. Mas, quem ri não pergunta nunca. Por quê?

Eis algumas respostas que recordo:

- Alguns colegas gostão de zuar. (sic)


- A professora fez pegadinha.


- Os que mais riem são fulanos e beltranos. (Elencaram lá os nomes dos colegas)!

Bem, houve os que acertaram, mas ocorrem sempre problemas quanto aos alunos que têm maiores dificuldades,nunca entendem o enunciado e respondem "abobrinhas". Falta leitura; observar bem os comandos dos verbos, ou seja, o que exatamente está sendo pedido na questão; ler com calma... Também falta vocabulário e, por causa de uma palavra que desconheçam o significado, a questão fica difícil para o aluno entender o que deverá ser respondido; falta mais concentração, interesse, seriedade, compromisso; falta exercitar mais a escrita... Enfim, faltam várias capacitações, atitudes, hábitos de estudo e pesquisa.

Uma outra amiga, chamada Eneida, formada em Jornalismo, disse o seguinte:

- A existência de cursinhos "quebra-galho" não irá piorar a situação do ensino da língua portuguesa. O ensino já vem decaindo há muitos anos e o problema é que nenhum governo se preocupa de verdade com isso. O vestibular não é uma medida eficaz de conhecimento.
Lembro que na minha época passávamos os três anos do Científico sendo adestrados para a prova, decorando e treinando a utilização de cartões utilizados para a prova.
Uma amiga que sabia muito bem português e todas as outras matérias não foi aprovada.
Ela tentou Agronomia e, na ocasião, havia uma Lei que favorecia os filhos de fazendeiros.
Muitos na minha sala da faculdade de Comunicação cometiam erros graves de português, inclusive de ortografia. E olha há quanto tempo faz isso. Portanto, essas falhas não vêm de agora. é um processo que está aumentando, sem dúvida, mas sempre houve as tais dificuldades.
Tive um colega que uma vez discutiu com a professora porque ele não via necessidade de aprender português pois o "negócio dele era apertar botões˜.
Não sei se é uma falha só do governo e se falta também à maioria da população interesse em aprender.
Digo isso porque tinha um japonês que sempre comentava comigo que depois da 2* Grande Guerra, os japoneses comiam ração de galinha e investiam o máximo em educação. Então, infelizmente, essa situação que o nosso país vive em relação a Língua Portuguesa pode ser uma questão de mentalidade e que esteja se agravando com o passar do tempo.

Ao que Eliane acrescenta:

Eu concordo com seu conhecido japonês. É uma questão de mentalidade. Para qualquer governante, isto seria passar atestado de incompetência. Uma vergonha. O grande problema é que para eles (os governantes)... Que venham os atestados de incompetência, pois eles têm outros interesses.

Fico pensando se esta situação fosse em Paris. Eu aposto que haveria passeatas, protestos e tudo a que se tem direito. Aqui no Brasil, a elite, formadora de opinião, aplaude a iniciativa desses cursinhos. Eu posso com isso? Pára o mundo que eu quero descer.

Outra amiga, chamada Marilda e que é Professora de Geografia, comentou o seguinte:

- Os donos de cursos, provavelmente, perceberam a mina que são esses preparatórios para concursos e analisaram a grande falha dos candidatos: o próprio idioma, o Português. Então, trataram de pegar logo uma fatia para eles. Isso não precisaria acontecer se o ensino fosse levado a sério nesse país. Mas, como já sabemos, não interessa ter seriedade, nem em Educação nem em Cultura.

Ao que eu questionei:

- Por que não há seriedade? Estamos de pés e mãos atados? O que acontece com a nossa educação? Em nossa época as escolas, tanto públicas quanto particulares, tinham melhor qualidade de ensino. Somos "saudosistas" e alienados? Evidentemente que não! O que mudou? Há pouco investimento na Educação, professores mal remunerados, carga horária de trabalho intensa e "tensa", com poucas atividades e incentivos à formação continuada e grande “permissividade” para os alunos em relação às regras de melhores atitudes comportamentais e práticas cidadãs. Quando eles vão aprender melhor? Quando forem conscientizados sobre a importância dos estudos para a vida. Muitos, por imaturidade, só reconhecem isso quando buscam passar em Vestibular ou colocação no mercado de trabalho. Por isso, proliferam os tais cursos... Em nossa época já havia alguns cursos preparatórios. Penso que o Tamandaré e o Martins são bem antigos (não chequei essa impressão no Google). Se não houver cursos para suprir deficiências de base, (para que esses alunos tentem concursos) sejam por culpa de alunos desinteressados, imaturos ou até mesmo de professores irresponsáveis, sem senso de profissionalismo ou de direção incompetente de muitos colégios, eu me pergunto: quando esses “alunos defasados” terão oportunidade de sanar pelo menos algumas deficiências? Não concordo com cursos que aparecem em cada esquina, mas se houver uma gestão segura, idônea, boa administração... Pode ser uma alternativa.

Uma inquietação comum a todas que participam desses questionamentos: Os pais de hoje educam?

Houve unanimidade em dizer que os próprios pais estão deseducando os filhos. Se o professor exige o cumprimento das tarefas de casa, os pais vão à escola justificar que a criança está sendo sobrecarregada de atividades que os professores passam e que a impedem de ser criança. Que não podem deixar de frequentar o inglês, a natação, o judô ou balé, o violão, piano/teclado, OS CURSINHOS...

Ao que eu completo:

...A fono (dislexia, disgrafia...), o psicopedagogo (déficit de atenção), o terapeuta/psiquiatra (tda/h/i, etc...), a explicadora, o psicólogo (pais brigando ou separados). Vivemos preenchendo relatórios para neuropsiquiatras de renome... Em nossa época isso não acontecia. Nunca tive nenhum acompanhamento pelo fato de não conhecer pai, morar com avó, não ter feito jardim de infância... Estudei em excelentes escolas públicas (primário e ginásio) e fui sempre uma das primeiras alunas da turma. Até mesmo no segundo grau, quando fui estudar num colégio de freiras, onde estudava a elite. Certamente está acontecendo algo muito grave com a educação atual.

Alguns Teóricos e o que dizem:

“[...] toda nota deveria poder ser discutida e refeita, dentro – é claro – da contra-argumentação do aluno e dos prazos possíveis”. (Pedro Demo);

“Às vezes o professor tenta mudar a avaliação, mas não muda a metodologia, e aí entrava seu trabalho. Outras vezes ele muda a metodologia, mas não muda a avaliação. Às vezes ele trabalha com projetos, com tema gerador, em grupos, e, na hora de fazer a avaliação, aplica a prova tradicional. Aí o aluno percebe que toda aquela dinâmica da sala de aula não vale nada, o que vale é a prova." (Celso Vasconcelos);

“Aprender é sempre uma aventura excitante e espera-se que o professor seja o primeiro entusiasta do seu trabalho mediador. Quem ama o que faz acaba inventando uma maneira de contagiar outros com o seu amor". (Isabel Parolin);

“O Mestre que só transmite informações e conteúdos sem significá-los ou, não significativos para o tempo do aprendiz, não tem valor para a vida humana, para construção de sentimentos, de solidariedade, de cidadania. Para ser respeitado e lembrado deve formar pessoas e para isso o conteúdo é apenas pano de fundo, verdades provisórias que amanhã poderão deixar de ser verdades. O que hoje o Mestre ensina, amanhã poderão ser falsas verdades que causaram reprovações humanas."
(Claudio Castro Sanches)

A "culpa" é d@ Professor@...

Especialmente de Língua Portuguesa, é o que ouvimos... Se há "erros" de Português significa que os mestres que atuam nessa área não estão "puxando" pela ortografia, passam poucas redações, não incentivam adequadamente ao prazer da leitura, marcam os erros dos alunos de caneta vermelha e isso os traumatiza e bloqueia a aprendizagem, passam poucas tarefas de casa, são escravos do livro didático, não contextualizam o ensino, não corrigem os cadernos com frequencia, chamam poucas vezes ao quadro, só deixam os alunos mais inteligentes opinarem, fazem muitos debates em sala de aula e perdem o manejo de classe (alunos ávidos em participar significa "bagunça" para alguns); ou fazem poucos debates e o aluno não tem voz nem vez, etc, etc...
Tudo o que se faz sempre estará errado, dependendo da "linha" que seguem alguns colégios, diretores, coordenadores,orientadores pedagógicos, serviço de orientação educacional, mestres de turma, conselhos de pais, supervisores, pais de alunos nas reuniões, explicadores particulares dos alunos, os terapeutas, etc, etc...
Há muitos caciques para poucos índios e bastante paternalismo em relação aos alunos. Por isso, cada vez mais a educação fica "capenga". Há uma infinidade de gestores disso e daquilo inventando métodos inovadores, mas essas pessoas em geral jamais puseram os pés numa sala de aula e vivem "inventando moda". Estão aí os resultados: proliferam os cursinhos. Talvez sejam eles os donos, os administradores/gestores, visando uma estratégia cada vez mais rentável de se "dar bem nos negócios, ter empreendedorismo" às custas do déficit dos outros, que eles próprios engendraram. Eis um círculo vicioso e nós estamos nessa roda-viva, sobrevivendo sabe Deus como!


Seria bom que...
Houvesse maior incentivo à leitura e ao discernimento. Que as pessoas soubessem argumentar, desenvolver opiniões fundamentadas em reflexões... Analisassem melhor os discursos, especialmente em épocas de campanhas eleitorais... Buscassem
entender as intencionalidades... Enfim, interagissem mais em seus espaços de vida, tivessem mais senso crítico, ouvidos atentos às experiências dos outros... Vive-se numa correria desesperada e vê-se pouco quem está ao lado. Aliás, vemo-nos pouco a nós próprios, isso é péssimo para a autoestima. As coisas ocorrem e as pessoas agem como se estivessem alheias, abduzidas, robotizadas. Parece que decoraram uma frase, apertam a tecla e só repetem o mesmo refrão. Falta ouvir mais, analisar as situações, respeitar individualidades... Usa-se pouco a linguagem para desenvolver uma comunicação efetiva. Escreve-se pouco... Precisamos exercer melhor nossa cidadania, nosso idioma, nossas opiniões...

Eliane, então, comentou o seguinte:

- Terezinha Fátima, você disse tudo neste último post. Esse é o resumo perfeito do que falta em aulas de qualquer matéria.

Ensinar o aluno a pensar, a raciocinar, analisar, discutir, "desenvolver opiniões
fundamentadas em reflexões", aqui você foi brilhante! É isso que falta. Mas não sei se posso comparar os professores formados há 10, 15 anos com professores como você ou a Marilda, que se formaram na época áurea do nosso ensino.

Não sei se os professores de hoje, você saberá dizer melhor do que eu, certamente, estão preparados para ensinar essas reflexões a seus alunos, se eles próprios talvez não saibam refletir. Só não entendi uma coisa, Terezinha, "entender as intencionalidades"... rsrsrs
Que são intencionalidades? Não seriam as intenções? Ou será que há alguma diferença e eu não sei?

INTENCIONALIDADES NAS PRÁTICAS DISCURSIVAS

- É intencionalidade mesmo, Eliane. Esse termo nós empregamos mais na análise crítica do discurso. É algo que está um pouco mais além da intenção. Quando na propaganda, por exemplo, do "Danoninho que vale por um bifinho". Obviamente, as mães entendem que a intenção do anunciante é vender o produto e ela vai e compra. Terminaria aí. Mas, a intencionalidade, que pode também ser uma "inferência interdiscursiva" ocorre quando o sujeito interpretante é levado a mobilizar um saber pré-construído ou memória conceitual. Nós sabemos que um danoninho pode até alimentar uma criança, mas a fórmula dele não contém as mesmas propriedades de um bife exatamente (acionar conhecimentos correlatos, o valor nutricional de alimentos, etc). Um "danoninho" não substitui a refeição adequada para a criança! Quando falamos nessa intencionalidade, e sempre procurávamos fazer o aluno investigar melhor até mesmo esses apelos das propagandas comerciais, é despertar o espírito crítico investigativo. Aguçar o conhecimento, manifestar a dúvida e ir mais a fundo nas questões; não basta apenas saber qual é a intenção e pronto, acabou. Mas, o que ainda há por trás dessa intenção. Ou seja, além da intenção, que outros propósitos poderiam surgir? A Linguística Aplicada cuida dessas análises críticas.

Livro didático

Eu utilizei desde 1993, quando foi lançada, uma coleção didática intitulada Português: Linguagens. Essa obra didática aborda interpretações textuais que avançam para a análise crítica do discurso, as intencionalidades discursivas. Muitos professores não gostam da obra porque dá trabalho aprofundar-se em determinadas questões. Também os alunos gostam muito de opinar e perguntar e, professores que não gostam de alunos questionadores, cortam logo o assunto e "pulam" esses tipos de questões.



Você, Eliane, seria (sem dúvida) uma das alunas que levantariam o dedo e desejariam entender melhor o assunto proposto. Certamente, a classe se beneficiaria com um estudo mais detalhado a partir da sua dúvida. Mas, o professor que não gosta de aprofundar-se em nada e quer correr com a matéria (jogada, cuspe e giz) faria de conta que nem viu o seu dedinho e seguiria em frente, rsrs! Vários professores agem assim. Só enxergam um ponto, o contracheque no final do mês e são teleguiados. Se a supervisão passa no corredor e vê os alunos só escrevendo, nem se preocupam se eles estão fazendo "cópia da lição". O importante é estar de boca fechada, rsrs!

quinta-feira, 11 de março de 2010

Uma reflexão...

Para quem gosta de Língua Portuguesa

* No escaneamento o texto sofreu um pequeno corte, porém não prejudica a compreensão. Clique na imagem para melhor visualização.

Cleonice Berardinelli é a nova titular da Cadeira nº8 da ABL. (Texto extraído do site da Academia Brasileira de Letras, acessado aos 11 de março de 2010).


A Academia Brasileira de Letras escolheu no dia 16 de dezembro, a Professora Cleonice Berardinelli, como a 6ª ocupante da Cadeira nº 8, vaga desde 17 de setembro de 2009 com a morte do Acadêmico Antonio Olinto.

Logo no primeiro escrutínio, a candidata eleita recebeu 30 votos. Seu concorrente, o jornalista e ex-ministro Ronaldo Costa Couto, recebeu 9.

A Cadeira nº 8 foi fundada por Alberto de Oliveira, que escolheu como patrono Cláudio Manoel da Costa. Foi ocupada sucessivamente por Oliveira Viana, Austregésilo de Athayde, Antonio Callado, e Antonio Olinto.

Saiba mais

Cleonice Berardinelli nasceu no Rio de Janeiro, em 28 de agosto de 1916. É graduada em letras neolatinas pela Universidade de São Paulo (1938) e livre docente pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (1959), com a tese Poesia e Poética de Fernando Pessoa.

Especialista em Camões e Fernando Pessoa, Cleonice Berardinelli é professora emérita da Universidade Federal do Rio de Janeiro e da Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro, pesquisadora do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico, consultora ad hoc da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (CAPES) e consultora ad hoc da Fundação de Amparo a Pesquisa do Estado do Rio de Janeiro.

É acadêmica correspondente brasileira da Academia das Ciências de Lisboa desde 27 de novembro de 1975.

Entre seus livros, destacam-se: Estudos Camonianos (1973), Obras em Prosa: Fernando Pessoa (1986), A passagem das horas de Álvaro de Campos (1988), Poemas de Álvaro de Campos (1990) e Fernando Pessoa: outra vez te revejo...(2004).


A Grauninha tem ótimo senso crítico, rs!

Interprete, numa análise sócio-crítico-discursiva-interdisciplinar e interacionista!
(Se puder, leia Bronckart, Fairclough, Foucault, Bakhtin, Beth Brait, Moita Lopes...).

terça-feira, 2 de março de 2010

Páscoa Matemática!

Importante para exercitar os cálculos. Treinemos, exercitemos, façamos nossos neurônios atuarem!
Há uma conhecida citação latina que nos ensina: “Mens sana in corpore sano” (Juvenal), que significa mente sã (saudável) em corpo são (saudável).

Trecho da sátira X, do poeta romano JUVENAL.

"orandum est ut sit mens sana in corpore sano.
fortem posce animum mortis terrore carentem,
qui spatium uitae extremum inter munera ponat
naturae, qui ferre queat quoscumque labores,
nesciat irasci, cupiat nihil et potiores
Herculis aerumnas credat saeuosque labores
et uenere et cenis et pluma Sardanapalli.
monstro quod ipse tibi possis dare; semita certe
tranquillae per uirtutem patet unica uitae".

(10.356-64)

Tradução livre, extraída da pesquisa em:

http://pt.wikipedia.org/wiki/Mens_sana_in_corpore_sano (acessada aos 02 de março de 2010).

Deve-se pedir em oração que a mente seja sã num corpo são.
Peça uma alma corajosa que careça do temor da morte,
que ponha a longevidade em último lugar entre as bênçãos da natureza,
que suporte qualquer tipo de labores,
desconheça a ira, nada cobice e creia mais
nos labores selvagens de Hércules do que
nas satisfações, nos banquetes e camas de plumas de um rei oriental.
Revelarei aquilo que podes dar a ti próprio;
Certamente, o único caminho de uma vida tranquila passa pela virtude.



Páscoa, para o cristão, é a passagem da vida de egoísmo, de pecado e de escravidão para a liberdade em Jesus Cristo, ou seja, possibilidade de ser redimido. Representa, portanto, um momento de reflexão sobre a vida e a morte, a culpa e o perdão, a justiça e a injustiça... E tudo o mais que nos leva a buscar o cumprimento das leis de Deus: o amor, o acolhimento, a solidariedade, a fraternidade, a liberdade, a PAZ e o BEM!

A páscoa (do hebraico pessach, significando passagem) é comemorada, ao redor do mundo, da mesma forma,com exceção da páscoa judaica que é,ainda nos dias de hoje,como manda a tradição,do mesmo jeito que aconteceu a primeira páscoa nos tempos de Moisés. Acontecendo todos os anos entre os dias 21 de Março e 25 de Abril, a páscoa se aproxima da data da primeira, que foi estipulada por Deus como mandamento eterno. Nesta mesma data, enquanto aqui no hemisfério sul, é o inicio de outono, no hemisfério norte do planeta se inicia a primavera; e é comemorada a festa da primavera (ou páscoa) onde se presta homenagens à deusa da primavera Ostera (Ishtar ou Esther),uma divindade anglo-saxã,deusa da fertilidade, que tem sua imagem segurando um ovo (símbolo da vida) e sendo prestigiada por uma lebre(representando o deus Oastre,deus da fertilidade). A deusa babilônica Ishtar é aquela a quem a páscoa (easter, em inglês) se refere.

é celebrada em várias culturas e religiões do mundo; 01. Babilônia – Ishtar, também chamada deusa da lua (reparem que no ano de 325 D.C.,durante o concilio de Nicéia,com a adoção do calendário gregoriano,a data da páscoa ficou estipulada no primeiro domingo,após a primeira lua cheia do equinócio da primavera – equinócio,na astronomia,é o momento em que o sol,em sua órbita,cruza a linha do equador,o que ocorre em março e setembro). 02. Católicos – Virgem Maria (Rainha dos céus) , 03. Chineses – Shingmoo, 04. Druidas – Virgo Paritura, 05. Egito – Ísis, 06. Efésios Pagãos – Diana, 07. Etruscos – Nutria, 08. Alemães (antigos) – Herta, 09. Gregos – Afrodite / Ceres, 10. Índia – Isi / Indrian, 11. Judeus apóstatas antigos – Astarte (Rainha dos céus), 12. Krishna – Devaki, 13. Roma – Vênus / Fortuna, 14. Escandinavos – Disa, 15. Sumérios – Nana. Segundo historiadores, desde 1500 A.C.,existem bolos feitos com uvas;esses bolos, segundo a bíblia,foram usados para oferecer adoração à deusa dos céus (Oséias 3:1),identificada como o planeta Vênus.Mais tarde,na festa da páscoa pagã, esses bolos foram usados com frutas secas, na forma de uma estrela pentalfa,(conhecida nos dias de hoje como o pentagrama),figura esotérica. A igreja católica uniu essas duas festas, páscoa (cristã) e da primavera (pagã), celebrando a festa cristã com todos os símbolos da festa pagã.


A páscoa segundo a bíblia.

A páscoa é uma festividade perpétua, instituída por Deus, em lembrança às mortes dos primogênitos no Egito e da libertação do povo de Israel (ex. 12:27).O seu nome deriva de uma palavra hebraica que significa passagem- a passagem do anjo,que poupou as casas dos israelitas,cujas portas foram marcadas com o sangue do cordeiro.
Na sua instituição, a maneira de observá-la era que o mês de saída do Egito (Nisã/Abide) devia ser o primeiro mês do ano sagrado ,e no décimo quarto dia desse mês (Levíticos 23:5), deviam os israelitas matar um cordeiro e se absterem de pão fermentado.O cordeiro devia ser sem defeito,macho e de até um ano de idade;não encontrando cordeiro,podiam matar um cabrito.Enfim, a páscoa devia ser comemorada com carne de cordeiro assada, pães asmos e salada de folhas amargas.Existem ainda citações bíblicas que dizem que podemos também celebrar com carne de boi (2 Crônicas 35:7,8 e 9).

Uma iniciativa valiosíssima para o conhecimento e estudo.

Se incentivarmos nossos alunos à leitura inteligente, ou seja, formadora de hábitos e não apenas imposta para valer nota, não serão os quadrinhos que vão torná-la incipiente, menos válida ou deformadora do hábito da leitura em seus moldes clássicos. É, sem dúvida, muito importante a iniciativa do Programa Nacional Biblioteca da Escola (PNBE). E que sejam, também, muito bem-vindas, outras obras de nossos clássicos da Literatura!


segunda-feira, 25 de janeiro de 2010

Não haveria a história de minha vida...



Nem haveria a história de minha descendência
Se esta história de vida não existisse...
Abençoados sejam todos de minha ascendência
E todos de minha descendência
Que o Senhor nos abençoe e nos guarde!

Assim seja! Amém!

“Livro dos casamentos da freguesia de Guide, 1862

Mosteiró
Aos três dias do mês de Março, do ano de mil oitocentos e sessenta e dois, pelas onze horas da manhã, na capela de Mosteiró, anexa de Guide, Concelho e Distrito Eclesiástico de Mirandela, Diocese de Bragança, perante mim o Presbítero Luiz António Alves de Morais, Reitor da mesma freguesia, compareceram os nubentes, Francisco Joaquim e Brízida da Pureza, os quais conheço e dou fé serem os próprios, com certidões de prévia e livre denunciação por três dias festivos nesta freguesia e na de Vale de Gouvinhas, e com os mais papéis do estilo correntes sem impedimento algum canónico ou civil para o casamento dos mesmos nubentes, ele de idade de trinta e um anos, solteiro, batizado na freguesia de Vale de Gouvinhas, filho legítimo de Manuel José e Maria Costa, neto paterno de José António da Silva e de Francisca Pinheiro, da Ribeirinha, materno de António José da Costa e Maria Joaquina, da mesma freguesia de Vale de Gouvinhas, ela de vinte e seis anos, solteira, batizada na freguesia de Guide, filha legítima de Manuel da Costa, lavrador, e de sua mulher, Merenciana, neta paterna de Manuel da Costa e Maria Rodrigues, e materna de Francisco Alves e Maria Manuela, da Quinta de Mosteiro, aos quais interroguei solenemente, e havido o seu mútuo consentimento por palavras de presente se receberam por marido e mulher, e os uni em matrimónio, e seguidamente lhes lancei a Bênção Nupcial, procedendo em todo este acto conforme o rito da Santa Madre Igreja Católica Apostólica Romana; sendo testemunhas presentes, que conheço
Lino dos Santos, jornaleiro, e João Alberto, lavrador de Mosteiró. E para assim constar lavrei em duplicado o presente assento, o que depois de ser lido e conferido perante os cônjuges e testemunhas, com todos assinei
Era ut-supra. A rogo dos Nubentes e como testemunha
Lino dos Santos – João Alberto
O Presbítero Luiz António Alves de Morais”

sexta-feira, 1 de janeiro de 2010

Muito interessante ler (publicado em "O Globo", de 01/01/2010)



Tudo bem... Eu sou pesquisadora, respeito todas as linhas de pesquisa, respeito as lutas, mas... Ninguém é de ferro! Não dá para perder certas piadas! As coisas têm caminhado para a tragicomédia! A vida extrapola a tragédia e a comédia! Nem o Teatro Grego aguenta a concorrência! A vida real tem sido "Hours Concours"!

Ops, pessoal! Há algumas "moderníssimas tendências" que desprezariam as propostas dos itens 4, 6 e 7 desse texto! Sabem por quê? Porque só aceitam até quatro opções! Mais que isso, confunde-se "os meninos"! Vá se entender essa visão! E paga-se muito caro para adequar-se a esses avanços "pós-ultra-mega moderno-contemporâneos" e espaço siderais de tão além das estrelas e além dos horizontes jamais vistos ou sequer imaginados! Realmente, é avanço demais para nós que somos simples mortais.

Final de ano X Início de ano

Que finalzinho de ano nonsense! Em toda a etimologia da palavra! Não há o menor sentido em “certas” (?) situações ilógicas... Sabe quando as peças não encaixam e fazem uma “forçação” de barra para que sejam providas de sentido? Não há coerência alguma, quando uma pessoa é “arrimo” de família, ter seu emprego “subtraído”, “furtado” por mãos (que escrevem “bilhetes azuis”), ouvidos maus que entendem o que querem (e o que lhes interessam) “entender”, olhos maliciosos que leem com a maldade que, lamentavelmente, lhes habita o coração e línguas insanas que divulgam o voto fatídico, na missão do trenó assassino do Papai Noel de pesadelos (Credo ! Tirem nossas crianças da sala!), numa cúpula formada sei lá por quais cabeças cortadoras de cabeças!
Em fatos assim, tão enlouquecedores, em nome de uma pseudo liberdade de escolha e decisão, somente um grito de dor, (mais doída que a de parto), bem gritado, minimiza maiores malefícios para a saúde física e mental de quem é covardemente agredido, em nome de uma “economia” indecente... Que "viagem" assustadora, que tira qualquer colorido das festas de finzinho de ano, planejadamente feliz...
E, no final, o "laudo" vai para o lado mais sensível! Ah, "mais sensível" não significa ser doente; muito menos frágil; e jamais "burro", bobo, infantil, imaturo ou incompetente! Mas, o inusitado acontece... Em tempo: Campanha da Fraternidade de 2010! Tema: Economia e Vida. Lema: “Vocês não podem servir a Deus e ao dinheiro” (Mt 6,24c).

Amo Filosofia (entre tantas Ciências do Saber), frases bem escritas e inspiradas pelos Dons Divinos, pensamentos imortais, provérbios... "A injustiça, senhores, desanima o trabalho, a honestidade, o bem; cresta em flor os espíritos dos moços, semeia no coração das gerações que vêm nascendo a semente da podridão, habitua os homens a não acreditar senão na estrela, na fortuna, no acaso, na loteria da sorte, promove a desonestidade, promove a venalidade [...] promove a relaxação, insufla a cortesania, a baixeza, sob todas as suas formas." (Rui Barbosa)

Bem (e em Paz!), mudando de assunto... Um Novo Ano se descortina! Desvelemo-lo! Há muitas ações concretas a caminho! Tudo pensando no que é bom para colaborar na construção de um mundo que se pretende, de Verdade -e grande Amor e Fé no coração-, seja melhor! Sem balanços de 2009 ( o único “balanço” que me agrada é o da lembrança de minha infância e o que admiro minha neta - e assistirei futuros outros netos e netas – balançar [em])!



Pretendo fazer uma listagem bem importante de ações (e realizações) para Vinte Dez! Aliás, venham todos os “dez” da “qualificação” de Mestrado, da defesa do mesmo, das provas do Doutorado... De tudo de positivo e bom para a minha vida e das pessoas que AMO! E que merecem todo o meu Respeito! Com as Bênçãos maravilhosas de Deus!
Assim, graças a Ele e em nome dEle, leituras já! Merecidas! De livros que adquiri com o suor de meu rosto! Estou cá, com os meus maravilhosos pesquisadores, teóricos renomados, tais: Bakhtin, Fairclough, Foucault, Bronckart, Maingueneau, Coracini, Fiorin, Orlandi, Marcuschi, Moita Lopes, Rojo e Cia! Façamos nossas "Análises Críticas do Discurso"!
Feliz Vinte Dez para todos ! Que o Ano Novo seja de maravilhas abençoadas por Deus, nosso Pai!
Ninguém jamais tirará de mim a história de vidas da quais venho e aquelas que ajudo a construir, a edificar, como pessoa humana e profissional responsável, nesses 50 anos de Vida e 32 anos de Magistério! Amém!

terça-feira, 29 de dezembro de 2009

Algumas referências bibliográficas! Tenho muitas leituras! ÊBA!

Leituras!

1. BATISTA, A. A. G. Avaliação dos livros didáticos: para entender o programa nacional do livro didático (PNLD). In.: ROJO, R. e BATISTA, A. A. G. (Orgs). Livro didático de língua portuguesa, letramento e cultura da escrita. Campinas, SP : Mercado de Letras, 2003.


2. BIZZOCCHI. A. O fantástico mundo da linguagem - Revista Ciência Hoje. Vol. 28, nª 164. Disponível em .
3. BUNZEN, C. O antigo e o novo testamento; livro didático e apostila escolar. Disponível em http://aopedaletra.net/volume3

4. ___________Construção de um objeto de investigação complexo: o livro didático de Língua Portuguesa. Disponível em < http://www.gel.org.br/4publica-estudos-2005/4publica-estudos-2005-pdfs/construcao-de-um-objeto-1329.pdf?SQMSESSID=a38ffc79c82bcbe561e1c641326fd16c>

5. BRAIT, B. (2000) PCNs, gêneros e ensino de língua: fases discursivas da textualidade. In.: ROXO, R. (Org.) A prática de linhuagem em sala de aula: praticando os PCNs. SP: EDUC; Campinas: Mercado de Letras.

6. CARMAGNANI, A. M. G. O ensino apostilado e a venda de novas ilusões. In.:Coracini, M. J. R. F. (Org.) Interpretação, autoria e legitimação do livro didático : língua materna e língua estrangeira. 1ª ed. Campinas, SP : Pontes, 1999.

7. CORACINI, M. J. R. F. O livro didático nos discursos da Lingüística Aplicada e da sala de aula. In.:Coracini, M. J. R. F. (Org.) Interpretação, autoria e legitimação do livro didático : língua materna e língua estrangeira. 1ª ed. Campinas, SP : Pontes, 1999.

8. __________________O processo de legitimação do livro didático na escola de Ensino Fundamental e Médio: uma questão de ética. In.:Coracini, M. J. R. F. (Org.) Interpretação, autoria e legitimação do livro didático : língua materna e língua estrangeira. 1ª ed. Campinas, SP : Pontes, 1999.

9. GONÇALVES, C. J. S. & SANTOS, S. S. Ler e escrever também com o corpo em movimento. In.: NEVES, I. C. B.; SOUZA, J. V.; SCHÄFFER, N. O.; GUEDES, P. C.; KLÜSENER, R. (Orgs.). Ler e escrever: compromisso de todas as áreas. POA: Editor da Universidade/UFRGS, 1988. p. 45-64.

10. GUIMARÃES, E. Os estudos sobre linguagens: uma história de idéias. Revista Comciência. Disponível em < http://www.comciencia.br/reportagens/linguagem/ling14.htm

11. KEHRWALD, I. P. Ler e escrever em artes visuais. In.: NEVES, I. C. B.; SOUZA, J. V.; SCHÄFFER, N. O.; GUEDES, P. C.; KLÜSENER, R. (Orgs.). Ler e escrever: compromisso de todas as áreas. POA: Editor da Universidade/UFRGS, 1988. P. 21-34.


12. LOPES, C. V. M.; DULAC, E. B. F. Idéias ou palavras na/da ciência, ou leitura e escrita: o que a ciência tem a ver com isso? In.: NEVES, I. C. B.; SOUZA, J. V.; SCHÄFFER, N. O.; GUEDES, P. C.; KLÜSENER, R. (Orgs.). Ler e escrever: compromisso de todas as áreas. POA: Editor da Universidade/UFRGS, 1988. p. 35-44.

13. MOTTA-ROTH, D. e HENDGES, G. R. (1998.) Uma análise transdisciplinar do gênero. Redação acadêmica: princípios básicos. Santa Maria : Universidade Federl de Santa Maria, Imprensa Universitária.

14. _______________ O ensino de produção textual com base em atividades sociais e gêneros textuais. Revista Linguagem em (Dis)curso, vol. 6, nº 3, set/dez. 2006.SILVA, E. T. da. Livro didático e qualidade de ensino. In.: SILVA, E. T. da. Criticidade e leitura: ensaios. Campinas, SP : Mercado de Letras : Associação de Leitura do Brasil (ALB), 1998.

15. ______________Livro didático: do ritual de passagem à ultrapassagem. In.: SILVA, E. T. da. Criticidade e leitura: ensaios. Campinas, SP : Mercado de Letras : Associação de Leitura do Brasil (ALB), 1998.

16. SWALES, J. M. (2007) Constructing English-language Journal Article Abstracts. In.: III Simpósio Internacional sobre Linguagem, Cultura e Sociedade realizado na Universidade Federal de Santa Maria.

17. SOUZA, D. M. de. O livro não "anda", professo? In.:Coracini, M. J. R. F. (Org.) Interpretação, autoria e legitimação do livro didático : língua materna e língua estrangeira. 1ª ed. Campinas, SP : Pontes, 1999.

18. _______________ Autoridade, autoria e livro didático. In.:Coracini, M. J. R. F. (Org.) Interpretação, autoria e legitimação do livro didático : língua materna e língua estrangeira. 1ª ed. Campinas, SP : Pontes, 1999.

19. _______________Gestos de censura. In.:Coracini, M. J. R. F. (Org.) Interpretação, autoria e legitimação do livro didático : língua materna e língua estrangeira. 1ª ed. Campinas, SP : Pontes, 1999.

20. _______________ Livro didático: arma pedagógica? In.:Coracini, M. J. R. F. (Org.) Interpretação, autoria e legitimação do livro didático : língua materna e língua estrangeira. 1ª ed. Campinas, SP : Pontes, 1999.

21.ZOZZOLI, R. M. D. Produção e autonomia relativa na aprendizagem de línguas. In: LEFFA, V. J. (Org.) Pesquisa em Lingüística Aplicada: temas e métodos. Pelotas: Educat, 2006.