Introdução

Mãe de 3 filhos (Rodrigo, Philippe e Fernanda), avó (quatro netas: Eduarda, Mirela, Luna e Laura), Supervisora Educacional, Profª aposentada de Língua Portuguesa e Literatura Brasileira; Pedagoga e Pesquisadora, Graduada em Letras e Pedagogia e Pós-Graduada (Especialista em Língua Portuguesa e Iniciação Teológica); Mestre em Letras e Ciências Humanas. Trabalho muito, estudo bastante, adoro pesquisar, ler boas obras; folhear jornais e revistas, assistir telejornais; viajar, ir ao Shopping, utilizar a Internet. Crio algumas "quadrinhas", gosto de elaborar projetos que não sejam engavetados.

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domingo, 2 de agosto de 2009

Em Busca da Vida Eterna



PISTAS DEIXADAS POR BACTÉRIAS,VERMES DE LABORATÓRIO E ÁGUAS-VIVAS ESTIMULAM A BUSCA PELA VIDA ETERNA.

Tudo o que é vivo morre. A máxima é do clássico teatral “O Auto da Compadecida”, de Ariano Suassuna, mas não é preciso ser um gênio literário para enunciá-la. Só faltou combinar a coisa com uma água-viva conhecida pelo nome científico de Turritopsis nutricula. Nos últimos anos, a criatura gelatinosa, que mede apenas uns poucos centímetros, virou uma praga em vários oceanos. Em geral, as águas-vivas passam por um rápido envelhecimento após alcançar a maturidade sexual e se reproduzir, mas não a T. nutricula. Experimentos em laboratório mostram que todos os indivíduos do bicho, após um tempo de vida adulta, espontaneamente revertem à forma que tinham quando jovens (que é um pólipo, ou seja, um tubo fixo com tentáculos, parecido com uma anêmona). Deixe-me frisar isso, caso você ainda esteja meio confuso. Nenhuma, pelo que se sabe, morre de morte morrida. Zero.

Não pense que a água-viva é uma exceção completa. Em condições ideais, as bactérias também são potencialmente imortais – continuam a fazer sua divisão sem parar, sem qualquer sinal de envelhecimento. Esses dados malucos sugerem que não há nada de intrinsecamente inevitável na mortalidade. Qualquer um está sujeito à “morte matada”, ligada a acidentes e predadores, mas é possível conceber modos de barrar os processos lentos que levam ao envelhecimento e à morte natural.

SUBPRODUTO
Um dos cientistas que mais botam fé nessa ideia é o britânico Aubrey de Grey, gerontologista da Universidade de Cambridge. Ao menos parte do que sabemos sobre a biologia do envelhecimento está do lado de Grey. Ao contrário do que se vê em relação ao crescimento e à maturação, que é um processo programado pelos genes, o envelhecimento parece ser o acúmulo de erros aleatórios no organismo, minando a capacidade do corpo de se consertar, até que ele finalmente acaba dando pau.
“É por isso que temos de adotar uma estratégia de dividir e conquistar”, argumenta Grey. Ele explica que, quando somos jovens, o corpo consegue contrabalançar os erros que se acumulam com processos naturais de “conserto”. “Em vez de tentar impedir que tais danos surjam, coisa que seria muito mais complicada, temos de fazer com que as mudanças continuem sendo inofensivas”, afirma.


Considerando que os danos se acumulam em 3 frentes distintas – no nível das células, que não se dividem mais, no das proteínas, que se acumulam como se fossem “lixo tóxico”, e no do DNA, que sofre mutações indesejadas --, Grey propõe um tipo de ataque diferente para cada inimigo. No caso do “esgotamento” de células indispensáveis, as famosas células-tronco, capazes de assumir a função de qualquer tecido do organismo, poderiam servir como peças de reposição. Vírus modificados fariam um passeio pelo DNA, consertando o material genético quando houvesse falhas. E bactérias especializadas ficariam encarregadas de navegar pelo organismo e digerir restos protéicos tóxicos.

Além da abordagem sugerida pelo britânico, estudos mais apurados sobre a água-viva “imortal” certamente nos reservam surpresas. Os pesquisadores já sabem que um de seus principais truques para rejuvenescer envolve o fenômeno conhecido como transdiferenciação, ou seja, a arte de fazer uma célula adulta, já especializada em determinada função, voltar a adquirir a versatilidade que tinha quando ainda era uma célula-tronco. É claro que, se não quisermos todos virar um bando de Benjamins Buttons, vai ser preciso intervir com muito cuidado num mecanismo tão fundamental da vida multicelular. O prêmio de quem conseguir fazer isso é a fonte da juventude, versão 2.0.

FONTE: Super Interessante: A ciência do Impossível. 33 ideias que parecem irreais, mas não são!

"Grauninha"


Muito interessante a tirinha publicada no Jornal “O Globo”, datado de 31 de julho de 2009.
Mais uma da “graúna”, uma ave magrinha, mas muito expressiva e combativa. Para quem não conhece, ela foi criada pelo cartunista Henrique de Souza Filho, o Henfil (1944-1988), com a proposta de discutir os problemas sociais, políticos e econômicos pelos quais passava (?) o Brasil dos anos 1970. O cenário é uma caatinga, aspecto desolador, com cactos que configuram as características áridas do lugar, uma alegoria à escassez e ao abandono. O genial é que, com pouquíssimos traços, o cartunista conseguiu dar vida a essa ave e outras personagens que aparecem na tirinha, entre elas, um cangaceiro-macho-lutador”, porém dado a gestos carinhosos, de nome Zeferino.
Hmmm, mas vamos à tirinha a qual me referi antes... O cangaceiro anuncia num megafone (e, no quadro há a presença de uma personagem encurvada e triste). No texto, as palavras do cangaceiro são: “Após 26 dias sem comer, virou branca! Santinha Grauninha cura ou seu dinheiro de volta! A tal personagem que vem chegando com seus ais-ais aproxima-se da Santinha Grauninha e se queixa: “Valhei-me (sic), Santinha! Quero chorar, não tenho lágrimas”... O gaiato é visualizar, no 3º quadrinho da história, que a graúna e a grauninha saracoteiam logo numa dancinha e cantam: “Que me rolem na face, pra me socorrer! Se eu chorasse, talvez desabafasse...” E, em conseqüência, no 4º quadrinho, a personagem, antes tristonha e aniquilada, começa a dançar e cantar, hilariantemente, também: “O que sinto no peito e não posso dizer. Só porque não sei chorar eu vivo triste a sofrer!”No último quadrinho, a personagem, antes altamente sofrida, sai esfuziante de alegria, dizendo: “É um barato essa nova liturgia!!! - sob o olhar sonso e irônico da graúna e grauninha, envolvendo-nos, os leitores, no “estado de espírito e do humor” delas, tracinhos de uma historinha em quadrinhos...
O que considerei também curioso é que há muito tempo eu tenho essa mania. Quando alguém fala algo que ao final lembra uma música, eu emendo cantando. No caso do “valhei-me”, por exemplo, eu já pensaria na música “Flor de Lis”, de Djavan:
“Valei-me Deus, é o fim do nosso amor
Perdoa por favor, eu sei que o erro aconteceu
Mas não sei o que fez tudo mudar de vez
Onde foi que eu errei
Eu só sei que amei, que amei, que amei, que amei
Será, talvez, que minha ilusão
Foi dar meu coração com toda força
Pra essa moça me fazer feliz
E o destino não quis
Me ver como raiz de uma flor de lis
E foi assim que eu vi nosso amor na poeira, poeira
Morto na beleza fria de Maria
E o meu jardim da vida ressecou, morreu
Do pé que brotou Maria
Nem margarida nasceu”

"O coração nas trevas (Metafísica para o crepúsculo)"


Arthur Dapieve

"Disposto a aproveitar do primeiro ao último raio de sol das férias estivais além-mar, o amigo da coluna perguntou candidamente ao porteiro do hotel: “Quando escurece aqui?” A resposta veio na mistura de humor torto e lógica implacável que nós, malandros otários d’aquém-mar, preferimos acreditar ser burrice: “Não, senhor, aqui não escurece nunca, pois quando está a escurecer, nós acendemos as luzes e, pronto, continua tudo claro.”

Lembrei-me dessa história verídica com vocação para anedota dias atrás, conforme a luz caía sobre a serra. A sede da fazenda já estava iluminada, bem como as outras casas, mas se assemelhavam, todas, a barcos iluminados e desamparados, cercados pela escuridão de alto-mar. Esse momento nunca me forneceu especial motivo para riso, mas, por alguma desrazão, senti aquele crepúsculo da semana passada como particularmente angustioso.

No lusco-fusco, quase trombei com uma amiga, que, vim a descobrir, pensava mais ou menos os mesmos pensamentos. Falou-me do sentimento de opressão que sentia no peito a cada vez que, hospedada no campo, chegava a noite, tornando luzes e sons esparsos, quando não extintos. A noite seguinte foi pior. Sozinho a perambular pelo gramado, o peso da hora ficou quase insuportável, e achei até que fosse chorar.

Minha mulher nasceu no interior de Minas, não na roça, mas numa pequena cidade da Zona da Mata. Ainda assim, ela com frequência fala da sensação de melancolia que a invade a cada pôr do sol, mesmo aqui na cidade grande. Lá na serra, a inevitabilidade da noite afinal pegou-me da forma que, creio, desde sempre a atormenta. E avistar um grande pássaro preto caminhando em silêncio pelo bambuzal não deixou o clima menos lúgubre.

Não há, porém, nada de sobrenatural no acima relatado. O medo que nossa espécie sente do escuro não foi de todo superado nem pelo pré-histórico anônimo que dominou o fogo nem por Thomas Alva Edison e sua lâmpada elétrica. Continuamos vagamente cientes de que, sim, as trevas continuam à espreita, logo adiante dos círculos de luz. Não é à toa que aquele que talvez seja o mais resistente mito grego, o do titã Prometeu, diga respeito ao roubo do fogo dos deuses do Olimpo para compartilhar com os homens cá embaixo.

Quiçá esse desconforto indefinível não seja nem tanto medo do escuro quanto do escurecer. Estará aí a chave para a angústia do crepúsculo? Com o escuro, a gente se conforma, até porque não há outro jeito. No escurecer, a gente se revolta, acha que cabe recurso, luz, injeção, coquetel de drogas. Entramos, claro, no terreno da metáfora para a morte e da metafísica em geral. Aliás, metafísica tal como desprezada por Wittgenstein: o terreno das coisas sobre as quais não podemos falar e, portanto, deveríamos calar.

Existe uma música que faz a trilha sonora dos meus crepúsculos mais tristes. É “Virgem”, de Marina Lima, dela com o irmão poeta e filósofo, Antônio Cícero, gravada pela primeira vez no LP homônimo, de 1987. Cumpre esse papel porque é exatamente na hora da morte da luz que se dá a canção: “O Hotel Marina quando acende/ Não é por nós dois/ Nem lembra o nosso amor/ Os inocentes do Leblon/ Esses nem sabem de você.”

Contudo, o mais brilhante achado da letra é logo o verso inicial, “as coisas não precisam de você”. Isso é a própria náusea sartriana em meio comprimido, o falso antídoto surgindo nos dois versos subsequentes, “quem disse que eu/ tinha que precisar?” O mal-estar que nasce da percepção de que as coisas não precisam de você _ e, subentende-se, de mim _ é precisamente o cerne do romance que o bom, então jovem e para sempre zarolho Jean-Paul publicou em 1938: “A náusea”, cujo titulo original era “Melancolia”.

Numa tarde de janeiro, que no inverno setentrional é toda crepúsculo, o personagem Antoine Roquentin, historiador de 35 anos, sente a existência cair-lhe sobre os ombros no jardim público da província. Ele descobre, aturdido, o que significa existir. A presença da copa das árvores sobre sua cabeça e das raízes delas sob seus pés se corporifica num enjoo. Roquentin sente-se num “amontoado de entes incômodos”, sem razão para estarem ali.

“Eles não desejavam existir, só que não podiam evitá-lo; era isso”, lê-se na tradução de Rita Braga para a Nova Fronteira, que preserva os itálicos do autor. “Então realizavam suas pequenas funções, devagar, sem entusiasmo; a seiva subia lentamente pelos veios, a contragosto, e as raízes se enfiavam lentamente na terra. Mas a cada momento eles pareciam a pique de abandonar tudo e se aniquilar. (...) Todo ente nasce sem razão, se prolonga por fraqueza e morre por acaso. Inclinei-me para trás e fechei as pálpebras. Mas as imagens, imediatamente alertadas, de um salto vieram encher de existências meus olhos fechados: a existência é uma plenitude que o homem não pode abandonar.”

No filme “Ricardo III _ Um ensaio”, Al Pacino cogita que tudo o que pensamos de modo desconexo já foi escrito por Shakespeare. O crítico Harold Bloom também escreveu algo assim. Só pelo Bardo, não sei, mas por alguém, como Sartre, tenho quase certeza. Ao cair da luz, as coisas se dissolvem no escuro, mas continuam ali, tão firmes quanto podem estar. O gramado, o bambuzal, os pássaros, as palmeiras, a mata circundante, os animais, eles continuam lá, no escuro, neste preciso momento. As coisas não precisam de nós."

sábado, 25 de julho de 2009

COLE - Congresso de Leitura - UNICAMP


As principais Editoras se fizeram presentes nesse importante Congresso de Leitura



Obras de inenarrável valor cultural deixavam as estantes concorridíssimas. Eis aqui dois encontros das culturas que convivo mais proximamente: Brasil (meu berço e de minha descendência) e Portugal (berço de antepassados, parentes e amigos que tenho conhecido).



Professor Heitor Gribl, um dos organizadores do evento, e eu.

domingo, 19 de julho de 2009

DIALOGANDO SOBRE A CONTRADIÇÃO EM MORIN



“Nunca deixei de estar submetido à pressão simultânea de duas idéias contrárias e que me parecem ambas verdadeiras, o que me leva ora a ir de uma a outra, segundo as condições que acentuam ou diminuem a força de atração de cada uma, ora a aceitar como complementares essas duas verdades que, no entanto, deveriam logicamente se excluir uma à outra. Tenho ao mesmo tempo, o sentimento da irredutibilidade da contradição e o sentimento da complementaridade dos contrários. É uma singularidade que vivi, primeiramente admitida, depois assumida, enfim integrada.

(...) A presença permanente das contradições tem em mim um caráter ao mesmo tempo existencial e intelectual; órfão, vivi a contradição entre desesperança e esperança; autodidata, eu era naturalmente aberto aos argumentos contrários; ‘neo marrano’, senti no mais íntimo de mim mesmo o enfrentamento de verdades que excluiam. Por todas estas razões singulares que se entre-reforçaram, tornei-me um homem qualquer (subdeterminado, não especializado) que traz em si as contradições essenciais da condição humana.

(...) Assim, mais do que nunca e plenamente, vivo, submeto-me e me alimento da dialógica permanente entre fé e ceticismo, misticismo e racionalidade. O trabalho das contradições contínua. Eis sua consequência existencial: Viver no duelo dos contrários, isto é, nem na duplicidade sem consciência nem no ‘justo–meio’, mas na medida e na desmedida; não numa resignação morna, mas na esperança e no desespero, não num vago tédio ou num vago interesse da vida, mas no horror e no maravilhamento.”

(Edgar Morin, in “Meus Demônios”)

sábado, 18 de julho de 2009

Sim, sim, Marião! Não, não, Marião! Cá do Brasil saudamos Vale de Gouvinhas!

Minha avó Filomena e sua descendência aqui do Brasil saudamos Portugal e todas as suas partes, em especial, Bragança, Trás-os-Montes, Mirandela, Vale de Gouvinhas, Vale de Maior!




Adeus ó Vale de Gouvinhas (Marião)
Não és vila nem cidade (Marião)
Sim, sim Marião
Não, não Marião
És um povo pequenino (Marião)
Feito à minha vontade (Marião)
Sim, sim Marião
Não, não Marião
Hei-de cercar Vale Gouvinhas (Marião)
Com trinta metros de fita (Marião)
Sim, sim Marião
Não, não Marião
À porta do meu amor (Marião)
Hei-de pôr a mais bonita (Marião)
Sim, sim Marião
Não, não Marião
Os meus olhos não são olhos (Marião)
Sem estarem os teus defronte (Marião)
Sim, sim Marião
Não, não Marião
Parecem dois rios de água (Marião)
Quando vão de monte a monte (Marião)
Sim, sim Marião
Não, não Marião
Já corri os mares em volta (Marião)
Com uma vela branca acesa (Marião)
Sim, sim Marião
Não, não Marião
Em todo o mar achei água (Marião)
Só em ti pouca firmeza (Marião)
Sim, sim Marião
Não, não Marião

terça-feira, 14 de julho de 2009

Edgar Morin



Emoção! Academia Brasileira de Letras (RJ) - 14 de julho de 2009, no horário de 11h às 13h, participei da brilhante e inesquecível Conferência de Edgar Morin, que completou 88 anos de vida no dia 08 de julho! Ele é diretor emérito do Centro Nacional de Pesquisa Científica, fundador do Centro de Estudos Transdisciplinares da Escola de Altos Estudos em Ciências Sociais de Paris e considerado um dos principais pensadores sobre a complexidade. Autor de mais de trinta livros! Entre eles, “Os sete saberes necessários para a educação do futuro”. Um dos pensadores mais importantes do século XX e XXI. Sua trajetória de vida é marcada por um firme posicionamento nas questões cruciais de seu tempo, o que se reflete em grande parte da sua produção intelectual. Morin é o idealizador de uma reforma do pensamento e da educação. Suas idéias expressam sua paixão pelo que chama de transdisciplinaridade e resumem-se em conceitos como a ecologia da ação, a identidade transcultural e a antropoética.

sábado, 11 de julho de 2009

Se eu fosse um livro, que livro eu seria?




Fiz um teste muito interessante, no qual deveria responder perguntas sobre épocas, atitudes do ser humano, ideias, comportamentos, humor... No final do teste, veio a informação de que eu não seria apenas um livro: eu poderia ser três obras bem diferenciadas entre si. Mas, fiquei satisfeita com essa análise do teste. Posso ser, realmente, cada um desses três livros, através dos quais há mesmo algumas pistas sobre mim!

Você é... "Carmen – Uma biografia", de Ruy Castro

Boa história é com você mesmo. Adora ouvir, contar, recontar. As de pessoas interessantes e revolucionárias são as suas preferidas. E confesse: com seu jeitinho manso e detalhista, você dá aos fatos um sabor todo especial. Além disso, não se contenta em reproduzir o que já foi dito. Por isso, se fosse um livro, você só poderia ser uma boa biografia, daquelas que faz os leitores deitarem na rede do fim de semana e se entregarem às peripécias de uma grande personagem. Aliás, você já pensou na profissão de repórter? Ou de escritor?
"Carmen – Uma Biografia" (2005), sobre Carmen Miranda, é uma das aclamadas biografias publicadas por Ruy Castro, também jornalista e tradutor, considerado um dos maiores biógrafos brasileiros.


"Memórias póstumas de Brás Cubas", de Machado de Assis.

Ok, você não é exatamente uma pessoa fácil e otimista, mas muita gente te adora. É possível, aliás, que você marque a história de sua família, de seu bairro... Quem sabe até de sua cidade? Afinal, você consegue ser inteligente e perspicaz, mas nem por isso virar as costas para a popularidade - um talento raro. Claro que esse cinismo ácido que você teima em destilar afasta alguns, e os mais jovens nem sempre conseguem entendê-lo. Mas, nada que seu carisma natural e dinamismo não compensem.
"Memórias póstumas de Brás Cubas" (1881) é considerado o divisor de águas entre os movimentos Romântico e Realista. Uma das expressões da genialidade de Machado de Assis (e de sua refinada ironia), há décadas tem sido leitura obrigatória na maior parte das escolas e costuma agradar aos alunos adolescentes. Já inspirou filme e peças de teatro. É, portanto, um caso de clássico capaz de conquistar leitores variados. Proezas de Machado.


"A paixão segundo GH", de Clarice Lispector.

Você é daqueles sujeitos profundos. Não que se acham profundos – profundos mesmo. Devido às maquinações constantes da sua cabecinha, ao longo do tempo você acumulou milhões de questionamentos. Hoje, em segundos, você é capaz de reconsiderar toda a sua existência. A visão de um objeto ou uma fala inocente de alguém, às vezes, desencadeiam viagens dilacerantes aos cantos mais obscuros de sua alma. Em geral, essa tendência introspectiva não faz de você uma pessoa fácil de se conviver. Aliás, você desperta até medo em algumas pessoas. Outras simplesmente não o conseguem entender.
Assim é também "A paixão segundo GH", obra-prima de Clarice Lispector, amada-idolatrada por leitores intelectuais e existencialistas, mas, sejamos sinceros, que assusta a maioria. Essa possível repulsa, porém, nunca anulará um milésimo de sua força literária. O mesmo vale para você: agrada a poucos, mas tem uma força única.




quarta-feira, 17 de junho de 2009

Locuções Adjetivas * Estudem e acertem! (Não me deixem triste...)



Apresentamos apenas alguns exemplos. O espírito de pesquisa de cada um deverá encontrar novas contribuições e isso é muito importante para o aprendizado. Buscar algo enriquecedor para o conhecimento próprio e que possa, também, ajudar a construir o conhecimento de outras pessoas nos faz mais felizes! Educar e aprender é isso: ser feliz e desejar contribuir para alegrar outras pessoas também.

Locucões adjetivas:

É o agrupamento de duas ou mais palavras que, ao modificar substantivo ou pronome substantivo, exerce o papel próprio de adjetivo. Em geral, a locução adjetiva resulta do encontro de preposição e substantivo (como em teor de açúcar, expressão de macaco), ou preposição e advérbio (como em cardápio de hoje , pneus de trás).
Muitas locuções adjetivas equivalem a adjetivos eruditos, que significam "relativo a", "próprio de", "da cor de", "semelhante a".

de abdômen = abdominalde estômago = gástrico, estomacalde orangotango = pitecal
de abelha = apícolade estrela = estelar de orelha = auricular
de abóbora = cucurbitáceode éter = etéreo de outono = outonal
de abutre = vulturinode fábrica = fabril de ouvido = auricular, auditivo, ótico
de açúcar = sacarinode face = facialde ouro = áureo
de Adão = adâmicode falcão = falconídeode osso = ósseo
de águia = aquilinode fantasma =espectralde ovelha = ovino
de alface = lactúceode faraó = faraônicode pai = paterno, paternal
de alma = anímicode farinha = farináceode paixão = passional
de aluno = discentede fêmur = femural de palato = palatal
de amígdalas = tonsilarde fera = beluíno, feroz, ferinode pântano = palustre
de amor = eróticode ferro = férreode papa = papal
de andorinha = hirundinode fígado = figadal , hepáticode paraíso = paradisíaco
de anel = anularde filho = filialde parede = parietal
de anjo = angelicalde fogo = ígneode páscoa = pascal
de ano = anualde folha = foliáceode peixe = ictíaco, písceo
de aranha = aracnídeode formiga = formicularde pele = cutâneo, epidérmico
de asno = asininode frente = frontalde pênis = peniano, fálico
de astro = sideralde gado = pecuáriode pescoço = cervical
de audição = óticode gafanhoto = acrídeo de Platão = platônico
de aves de rapina = acipitrinode galinha = galináceode plebe = plebeu
de Baco = báquicode galo = alectóriode pombo = columbino
de baço = esplênicode ganso = anserinode porco = suíno, porcino
de baixo-ventre = alvinode garganta = guturalde prado = pratense
de bálsamo = balsâmicode gato =felino , felídeo de prata = argênteo, argentino, argírico
de bexiga = vesicalde gelo = glacialde professor = docente
de bílis = biliarde gesso = gípseode prosa = prosaico
de bispo = episcopalde Golias = goliardode proteína = protéico
de boca = bucal , oralde guerra = bélicode pulmão = pulmonar
de bode = hircinode homem = humano, viril de pus = purulento
de boi = bovinode idade = etáriodos quadris = ciático
de borboleta = papilionáceode Idade Média = medievalde raio = fulgural
de bosque = nemoralde igreja = eclesiásticode raposa = vulpino
de brejo = palustrede ilha = insularde rato = murino
de bronze = brônzeo, êneode insetos = entômicode rei = real
de cabeça = cefálico, capitalde intestino = intestinal, entérico, cilíacode rim = renal
de cabelo = capilarde inverno = hibernalde rio = fluvial , potâmico
de cabra = caprino de irmão = fraterno, fraternalde rocha = rupestre
de caça = venatório, cinegéticode joelho = genicularde romance = romanesco
de campo = rural de junho = juninode rosa = róseo
de cana = arundíneo de lado = lateralde sabão = saponáceo
de cão = caninode lago = lacustrede seda = sérico, seríceo
de cardeal = cardinalíciode lágrima = lacrimalde selo = filatélico
de Carlos Magno = carolíngiode leão = leoninode selva = silvestre
de carneiro = arietinode lebre = leporinode sobrancelha = superciliar
de cavalo = eqüídeo, eqüino, hípicode leite = lácteo , lácticode sonho = onírico
de cegonha = ciconídeode lesma = limacídeode sócrates = sintático
de cela , célula = celularde limão = cítricode sol = solar
de chumbo = plúmbeode lobo = lupinode sul = meridional, austral
de chuva = pluvial de lua = lunar , selênicode tarde = vesperal , vespertino, crepuscular
de cidade = citadino , urbanode macaco, símio = simiescode teatro = teatral
de cílio = ciliarde maçãs do rosto= malarde tecido = têxtil
de cinza = cinéreode madeira , lenho = lígneode terra = terrestre, terreno, telúrico
de circo = circensede madrasta = novercalde terremoto = sísmico
de cobra = colubrino , ofídicode mãe = materno, maternal de tijolo = laterário
de cobre = cúpricode manhã = matinal de tio = avuncular
de coelho = cunicularde mar = marinha, marítimo, equóreode tórax = torácico
de coração = cardíaco, cordial de marfim = ebúrneo, ebóreo de touro = taurino, táureo
de correio= postal de margem = marginalde trás = traseiro
de corujas = estrigídeosde mármore = marmóreode trigo = tritíceo
de costas = dorsal de memória = mnemônicode túmulo = tumular
de coxa = cruralde mestre = magistralde umbigo = umbilical
de crânio = cranianode moeda = monetário, numismáticode universo ( habitado) = ecumênico
de criança = pueril , infantil de Moisés = mosaicode unha = ungueal
de dança = coreográficode monge = monacal, monásticode vaca = vacum
de daltonismo = daltônicode monstro = monstruosode vasos sangüíneos = vascular
de dedo = digital de morte = mortal, letal , mortíferode veado = cerval , elafiano
de Descartes = cartesiano de nádegas = glúteode velho , velhice = senil
de diamante = adamantino, diamantino de nariz = nasalde vento = eóleo , eólico
de dinheiro = pecuniáriode navio = navalde verão, estio = estival
de direito = jurídicode neve = níveo , nivalde víbora = viperino
de éden = edênicode Nilo = nilóticode vida = vital
de eixo = axial de noite = noturnode vidro = vítreo, hialino
de embriaguez = ébriode norte = setentrional, boreal de vinho = vínico, vinário, vinosos, víneo
de enxofre = sulfúrico, sulfúreo, sulfuroso de noz = nucularde vinagre = acético
de erva = herbáceode nuca = occipitalde violeta = violáceo
de espelho = especular de óleo = oleaginoso de virilha = inguinal
de esposa = uxorianode olhos = ocular, óptico, oftálmicode virgem = virginal
de esposos = esponsalde Olimpo = olímpicode visão = óptico ( ótico )
de esquilo = ciurídeode opala = opalino, opalescente de vontade = volitivo